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MP quer investigar gastos de Bolsonaro com cartão corporativo

Procurador não caiu na ladainha presidencial
publicado 21/10/2019
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(Crédito: Carolina Antunes/PR)

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira 21/X ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de um processo para investigar os exorbitantes gastos do governo Bolsonaro com cartões corporativos - os maiores dos últimos cinco anos.

As informações são da coluna de Lauro Jardim no Globo.

No domingo 20/X, Bolsonaro disse que as despesas subiram 24% porque os cartões são usados também para atender ao vice-presidente, cargo que não era ocupado por ninguém em 2018, já que Michel Temer chegou à Presidência por meio de um golpe contra a legítima presidenta Dilma Rousseff.

O procurador Lucas Furtado, no entanto, lembrou que Bolsonaro não explicou por que as faturas deste ano também são significativamente maiores do que as de 2017 (56%), 2016 (62%) e 2015 (26%), anos em que havia um vice-presidente.

"A gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios. Deve sempre ter em mente que os gastos administrativos que padecem da falta de transparência são aqueles que, em tese, podem estar mais vulneráveis ao distanciamento de um necessário padrão ético de probidade, decoro e boa-fé, ou seja, estão mais suscetíveis a atentarem contra o princípio da moralidade", escreveu Furtado.

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