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Mulheres são maioria entre os "empreendedores" do Golpe

Há 291 mil mulheres camelô em todo o país
publicado 10/09/2018
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(Reprodução/Jornal Agora)

O Conversa Afiada reproduz trecho de reportagem de Clara Cerioni no Jornal Agora:

Crise faz mulheres se virarem com comércio ambulante


No começo de 2015, Lucia Severina, 49 anos, não encontrava mais trabalho como diarista em São Paulo. Na época, a crise econômica já se aproximava e, apesar da procura, as oportunidades estavam escassas. Para garantir o sustento, ela decidiu trabalhar como ambulante.

Em princípio, vendeu água, suco e refrigerante. Mas a concorrência com esse tipo de comércio não fechava as contas e, no final do mês, o dinheiro não era suficiente.

Decidiu trocar sua mercadoria por panos de prato e temperos e fixou seu ponto de venda no centro de São Paulo. "Não falo que ficou mais fácil. Continua bastante difícil, mas antes era muita gente vendendo os mesmos produtos. Pelo menos agora o meu é diferente", conta.

Assim como Lucia, o número de mulheres que entraram na estatística dos vendedores ambulantes aumentou entre 2015 e 2017. Durante esse período, 55,5% dos brasileiros que começaram a trabalhar nas ruas são mulheres. Ao todo, há 182 mil espalhadas pelo país.

Durante esse período, 55,5% dos brasileiros que começaram a trabalhar nas ruas são mulheres. Ao todo, há 182 mil espalhadas pelo país.

Já em relação aos ambulantes que começaram a trabalhar na função antes de 2015, a participação feminina é menor do que a masculina. Elas representam 47,9% e eles, 52,1%. Atualmente, existem 291 mil mulheres e 316 mil homens.

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