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Norte e Nordeste sobrevivem com menos de um salário mínimo

O nosso 1% mais rico é mais rico que o 1% dos Estados Unidos! Um colosso!
publicado 01/03/2018
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Do Globo Overseas:

Renda ‘per capita’ em 13 estados é menor que um salário mínimo


Moradores dos lares de metade dos estados brasileiros tinham ganhos mensais inferiores a um salário mínimo (R$ 937, valores de 2017) no ano passado. Essa desvantagem econômica está concentrada em 13 estados do Norte e Nordeste, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. Entre as dez unidades da federação com renda domiciliar per capita mais alta, esses valores variaram entre R$ 1.224, em Minas Gerais, e R$ 2.548, no Distrito Federal, enquanto os integrantes das famílias do Maranhão têm o pior rendimento, R$ 597. Para especialistas, essa desigualdade é explicada por fatores como a estrutura do mercado de trabalho e a taxa de desemprego de cada região (mais altas no Norte e Nordeste), o nível educacional da população e o tamanho das famílias. Segundo o IBGE, a média do Brasil é de de R$ 1.268 mensais.

— É impressionante como essa desigualdade tem relação com a informalidade, que é mais comum no Nordeste, e explica em grande parte esse rendimento inferior a um salário mínimo. Também tem relação com a escolarização menor nesses estados, com a população ser mais jovem do que a do restante do país, o que pressupõe menos experiência e menores salários. Nas regiões, há maior dependência de benefícios sociais como o Bolsa Família e uma maior taxa de desemprego — afirma Bruno Ottoni, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV). (...)

Em tempo: com o atual salário mínimo, R$ 954,00, todos os estados do Norte e Nordeste têm renda inferior a ele, com a exceção de Rondônia (R$ 957,00).

Em tempo2: o Brasil tem a maior desigualdade de renda do mundo, entre o Lesoto e Zâmbia e seu 1% mais rico é mais rico - proporcionalmente - que o 1% dos Estados Unidos e só se compara ao 1% das cleptocracias do Oriente Médio - PHA