Paulo Nogueira Batista Jr.: é ridículo comprar briga com a China!
(Redes Sociais)
A irresponsabilidade de Jair Bolsonaro e de seus filhos, além dos ministros da chamada "ala ideológica", amplificam a crise econômica que já se abate sobre os brasileiros, ao criar e alimentar crises, como aquela contra a China, maior parceira comercial do Brasil.
A avaliação foi feita ao jornal Estado de Minas pelo economista Paulo Nogueira Batista Júnior, ex-diretor executivo pelo Brasil e outros países no Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-vice-presidente brasileiro no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), estabelecido pelos Brics.
“Chega às raias da loucura ver que o ministro da Educação deboche da China e um dos filhos do presidente insista em fazer comentários depreciativos sobre aquele país. É realmente, digamos assim, um comportamento alucinado”, diz o autor do livro "O Brasil não cabe no quintal de ninguém – os bastidores da vida de um economista brasileiro no FMI, nos Brics e outros textos sobre nacionalismo e nosso complexo de vira-lata", publicado pela Editora LeYa.
"Não faz sentido buscar embates com nenhum país neste momento. Mais do que nunca os países precisam cooperar. E é ridículo comprar brigas gratuitas com nosso maior parceiro comercial. A China é um país que hoje pode nos ajudar com insumos e equipamentos para combater a pandemia", completa.
Para ele, a China tende a se destacar em termos geopolíticos no período pós-pandemia, dada a sua capacidade de superação da crise. Enquanto isso, as tradicionais potências do Atlântico Norte apresentam incapacidade de reagir de forma organizada. “As potências ocidentais dos dois lados do Atlântico Norte sofreram três grandes baques: a crise financeira econômica de 2008-2010, a ascensão de lideranças retrógradas e agora a crise do novo coronavírus, que não estão sabendo administrar bem”, avalia.