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Piketty: o Brasil criou uma "fronteira mundial da desigualdade de renda"

Começou na Escravidão, mas se rico pagasse imposto ajudava...
publicado 22/01/2018
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A Índia fica em São Bernardo do Campo, a 19 km de São Paulo (Reprodução/Gazeta do Povo)

A central de dados sobre desigualdade de renda criada a partir do clássico "O Capital do Século XXI", de Thomas Piketty divulgou nessa sombria segunda-feira 22 de janeiro um escandaloso estudo sobre a desigualdade de renda no Brasil.

O WID compara o Brasil com o Oriente Médio, a Índia e a África do Sul e chega a resultados alarmantes.

A desigualdade entre essas regiões se compara - ou seja, a miséria brasileira é uma miséria comparável à indiana, sul-africana.

Um colosso!, diria a Cegonhóloga.

O Brasil e o Oriente Médio, onde os magnatas do petróleo condenam a maioria da população à miséria, criaram uma nova "fronteira mundial da desigualdade", com uma das mais altas concentrações de renda do mundo!

E falam mal da Índia!

A desigualdade nasce da herança da escravidão - e logo agora que o ladrão presidente aboliu a Lei Áurea, mas, também, de mecanismos da sociedade capitalista contemporânea - como, insiste o Piketty, o direito de herança.

Como resolver?

O WID sugere: distribuição regional (tirar o dinheiro de São Paulo e levar para o Nordeste...), reforma agrária e tributária, e investimentos diretamente dirigidos aos pobres, nas áreas de educação, saúde, e infra-estrutura.

(Mas, como, se o Golpe dos canalhas e canalhas baixou a PEC da Morte para tirar dinheiro da Saúde e da Educação dos pobres?)

E os impostos, se perguntam os autores do estudo?

O imposto no Brasil é covardemente regressivo - só quem paga imposto é pobre - e não tem imposto sobre herança!

(No "Capital", Piketty prova que a desigualdade de renda no mundo nasce do direito de herança... O que desmoraliza o mito de "meritocracia" que "legitima o Capitalismo"...)

Uma das conclusões: não existe classe média no Brasil!

Esse Piketty é um comunista!

Algema ele, Senvergóvia!

Chama o Lemann para ajudar a botar algemas nos tornozelos dele!

http://wid.world/news/

http://wid.world/news-article/new-paper-extreme-income-inequality-brazil-india-middle-east-south-africa/

While we observe rising top income shares in India and South Africa, as in nearly all countries in recent decades, Brazil and the Middle East display relatively stable levels of extreme inequality. They nevertheless all seem to define now a “world inequality frontier”, with the highest income concentrations in the world...

(...)


Brazil, India, the Middle East and South Africa are characterized by extreme levels of inequality, with top 10% income shares higher than 50% of national income, and by a dual social structure, with a strikingly small share of income accruing to the middle 40% of the distribution. Interestingly, such extreme levels of income concentration have different drivers. While some are rooted in the legacies of past social hierarchies and ownership rights, others are associated to the functioning of modern capitalist economies. The multifaceted origins of extreme inequality highlight the need for different policy responses to tackle it, including mechanisms of regional redistribution, major land and fiscal reforms, or pro-poor investments in health, education and infrastructure. We nevertheless stress a common characteristic of these regions: their tax systems rely overwhelmingly on indirect taxes, with only few components comprising of direct progressive taxes. In particular, it is striking to observe the near absence of a progressive inheritance tax regime – a historically powerful tool to limit the persistence of extreme income inequality levels and to finance much-needed welfare services.

(...)

Em tempo: a comunidade acadêmica de Cambridge a Cambridge aguarda o pronunciamento da Cegonhóloga sobre a obra de Piketty. Enquanto ela não se pronunciar - afinal, trata-se do melhor que o neolibelismo brasileiro conseguiu produzir, desde o Príncipe da Privataria - , a academia mundial se reserva o direito de se manter em cauteloso silêncio. - PHA