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Presidente do Santander sugere que funcionários cortem salários para “dividir” com empresa

"Um voluntário com abdicação de algum salário"...
publicado 26/06/2020
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(Reprodução/YouTube)

CartaCapital - O presidente do banco Santander no Brasil, Sergio Rial, afirmou em uma entrevista que acredita que funcionários que optarem por trabalharem em home office poderão escolher, no futuro, em abdicarem de uma parte do salário ou benefícios para “dividir” com a empresa.

Rial comentava sobre o futuro do tipo de trabalho remoto, que se mostrou como alternativa para diversas empresas em períodos de pandemia, e comentou que deixar de gastar com combustível ou ter “uma vida mais fácil” poderia ser convertido em redução voluntária dos salários.

“A gente tá discutindo, se em tudo isso de poupar tempo, você deixa de gastar combustível, tua vida fica mais fácil,  por que não talvez dividir uma coisa dessa com a empresa? Por que que não pode ser um voluntário com alguma abdicação de algum benefício, de algum salário, desde que seja voluntário… e isso, nós vamos construir de uma maneira com diálogo, mas acho que esse é o caminho que pelo menos nós, como Santander, vamos.”, disse o executivo em uma conversa com Felipe Miranda, da empresa Empiricus.

Sergio Rial ainda acrescentou que acredita que o modelo “veio para ficar”, mas que faltava “discussão um pouco mais técnica sobre o home office” em relação à construção dos negócios por via remota.

Impulsionada pela situação global do coronavírus – que já registra mais de 55 mil mortes no Brasil, além de 1,2 milhão de casos confirmados e efeitos previstos de maior número de pessoas caindo na pobreza -, o título da conversa era “Crise e Oportunidades para o Brasil”, e está disponível na íntegra no Youtube do banco.

Em nota encaminhada à Folha de S. Paulo, a assessoria de imprensa do Santander afirmou que “a hipótese de reduções na remuneração dos funcionários está absolutamente fora de questão neste contexto”.

Devido à pandemia, o Santander chegou aumentar em 20% a quantidade de empréstimos no primeiro trimestre de 2020, o que levou o banco a ter um salto de 10,5% nos lucros registrados ante o mesmo período de 2019. O resultado do lucro líquido foi de R$ 3,853 bilhões, segundo relatórios apresentados pela empresa.