Quem vai passar a faca no bestialógico do Guedes?
Anotações da palestra do maior dos Xi! Cago Boys Paulo Guedes, ontem, 17/XII, na Firjan, no Rio, quando avisou que vai passar a faca no Sistema "S":
- a ditadura investiu em economia
- a democracia investiu no social
- a crítica é à maioria social-democrata/centro-esquerda, que nos últimos 30 anos não desconcentrou o poder da União, ao contrário do proposto na Constituinte
- é preciso haver a dualidade liberais x sociais-democratas para dar equilíbrio ao país
- “comprar eleição” podia se fosse social-democrata; “roubar” podia se fosse social-democrata
- país está evoluindo: quem valoriza orçamento aprendeu a dar valor ao social e quem dá valor ao social aprendeu a dar valor ao orçamento
- eleição 2018: venceu aliança de conservadores nos costumes com liberais na economia, ou seja, democracia liberal-conservadora
- agenda do governo (não menciona o nome do Presidente eleito):
- prioridade: cortar o gasto público
- maior gasto: previdência, que está desequilibrada por causa do regime de partição
- segundo maior gasto: juros sobre a dívida: saída, vender ativos, reduzir juro, reduzir o estoque da dívida pública
- Lula: com 1/40 avos do gasto de juros do país, aplicado em políticas sociais, derrotou os tucanos arrogantes por 4 vezes
- regenerar/reinventar os partidos pois eleger e indicar dirigente no poder executivo para tirar algum dinheiro para campanha está em crise pois pode ir para a cadeia
- novo pacto federativo/reforma do Estado leva à descentralização e desconcentração de receitas e despesas
- acelerar privatização (elogia Salim Matar, da Localiza - liberal), que terá controle da SPU + SEST, para privatizar forte
- previdência com regime de capitalização cria nova indústria previdenciária e um capitalismo popular. Exemplo: o Chile. Os 8 governos socialistas não mudaram o regime previdenciário
- cessão onerosa do petróleo
- abrir a economia para o investidor internacional: os brasileiros que se preparem para competir
- simplificação de impostos: substituição tributária: sem isenção todos pagam menos
- meter a faca no Sistema S
- inflação sem controle é agenda do passado; a gestão do orçamento passa a ser o centro da política econômica, onde os políticos definirão o que o país quer implementar
- reinventar a política e acabar o “toma lá dá cá”
- prefeito do Rio de Janeiro, Crivella, pede a municipalização do Porto do Rio de Janeiro pois tem investidores estrangeiros querendo construir resorts com cassinos no estado. Guedes reage: só pode dar o que é dele. Vai analisar dentro da diretriz de desconcentração do poder para estados e municípios
- retorno à Guedes: tem 2 ou 3 milhões de funcionários públicos cujos gastos estão quebrando o país por serem indexados num contexto de 96% do orçamento “carimbado”
- a política está esterilizada; os que lutaram pela redemocratização estão indo para a cadeia
- elogia Temer por derrubar a inflação, fixar teto de gasto, fazer reforma trabalhista e quase fazer uma reforma previdenciária
- formar poupança estratégica com a reforma da previdência: o país vai crescer
- choque de empregabilidade para jovens: a opção será participar de regime de trabalho não tradicional (“carteira verde amarela”),sem encargo trabalhista
- “em volta do buraco tudo é beira”, segundo Ariano Suassuna: e o buraco é fiscal