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Reforma "abrangente" do Guedes ferra os pobres

Sob os olhares cúmplices do Supremo
publicado 16/10/2018
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Alexa Salomão, da Fel-lha, informa que o Paulo Guedes, também conhecido como Posto Ipirаnga e sob a mira do Ministério Público Federal, planeja uma "reforma fiscal mais abrangente".

Primeiramente, Guedes quer manter o estupro constitucional do "teto de gastos", a PEC da Morte, que embalsamou o Orçamento por vinte anos e sufocou a Educação e a Saúde (públicas, naturalmente...).

Ele também vai recorrer aos bons préstimos do banqueiro Armínio NauFraga, que ofereceu aos ricos e aos bancos uma proposta de Reforma da Previdência...

(O Banco Central deveria investigar se o NauFraga fica numa posição compradora ou vendedora de títulos públicos quando oferece "ideias generosas" em público... A CVM, o Ministério Público (sic) também...)

Além disso, Guedes, segundo a Fel-lha, quer a "desvinculação" total dos gastos.

Porque, enfatiza Guedes, 92% dos recursos estão "travados - têm destino definido por lei".

Lei!

Um horror!

A Constituição exige que os Estados gastem 12% da receita líquida na Saúde e 25% em Educação!

Para livrá-los do fardo de gastar dinheiro em Educação e Saúde (públicas), Guedes quer a reforma "abrangente" para eles também.

E danem-se os pobres.

Isso, é claro, exigiria uma reforma constitucional, para tirar a "lei" das costas dos governantes.

Porém, esse não chega a ser propriamente um problema para o Guedes...

A Constituição já foi devidamente violada no Golpe de 2016, como demonstram Enzo Bello, Gilberto Bercovici e Martonio Barreto Lima, em devastadora análise do papel desconstitucionalista do ministro operário-padrão da Globo!

Guedes tem as mãos livres!

Em dúvida, o Supremo confirmará!

PHA


 

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