Risco: Dilma vai ser Tsipras ou Putin?
O PiG se lambuza na perda do grau de investimento.
O Aecím diz que acabou o Governo Dilma.
Vai ter que esperar três anos e três meses...
Quem mandou a Dilma se deixar medir pela régua desses medíocres economistas de bancos das agências de risco?
(Veja como os bancos ganham muito dinheiro quando o Brasil perde o grau de investimento.)
O Brasil se encarcerou na lógica do "ajuste" do Levy.
O Brasil se fez refém da Economia neolibelês - uma forma dentre muitas de conhecer a realidade é que se torna a própria realidade, com a maciça difusão da teologia neoliberal.
E agora, Levy, vai ler o Piketty e mirar no lombo dos ricos?
Há duas maneiras de conviver com a perda de grau de investimento.
Agir como o grego Tsipras, o valentão, que se acovardou miseravelmente e se tornou o poodle da Angela Merkel e dos bancos ingleses.
Ou como o Putin, que, em defesa do interesse nacional russo, retomou a Crimeia do Ocidente e voltou a ser o alvo preferido dos americanos que, segundo Henry Kissinger, tornaram a eleger a Rússia como inimigo #1.
Putin deu uma banana a todas as classificações e avaliações dos bancos e pseudo economistas de "agências".
E enfrenta o cerco de um bloqueio econômico como o de Cuba com medidas anti-cíclicas ferozes.
Estabeleceu laços ainda mais profundos e abrangentes com a China.
E dinamizou o programa de exportação de alguns produtos em que ela é imbatível: a indústria de Defesa.
O Brasil pode seguir o caminho de Tsipras ou o de Putin.
Seria mais fácil fazer a opção se o Brasil tivesse duas ou três das centenas de bombas atômicas do Putin.
Mas o Collor e o Fernando Henrique fizeram o favor de renunciar a essa arma de defesa do interesse nacional.
FHC hoje celebra a perda do grau de investimento com a alegria que reserva para o dia em que - é o seu maior desejo - o Moro prender o Lula.
Paulo Henrique Amorim