Santo Alckmin entrega metrô a preço de banana
O governo do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo (o santo da lista de alcunhas da Odebrecht) abriu um edital para a concessão das linhas 5 - Lilás e 17 - Ouro do metrô paulistano à iniciativa privada.
É mais uma modalidade de privatifaria: o vencedor da licitação irá operar as linhas e lucrar com a exploração do serviço, mas o governo de São Paulo continuará a ter gastos com as obras.
Na última quarta-feira, 20/IX, o deputado estadual Alencar Santana Braga (PT) protocolou uma representação junto ao Tribunal de Contas do Estado. O documento alega que a licitação é extremamente prejudicial aos cofres públicos.
O governo do estado irá investir mais de R$ 22 bilhões até a conclusão das obras. Entetanto, o preço mínimo previsto no edital é de apenas R$ 278 milhões - menos de 2% do valor total gasto pelo poder público.
O contrato prevê à empresa vencedora da licitação uma receita mensal de R$46 milhões por mês, o que irá chegar a quase R$11 bilhões ao longo do período da concessão, de vinte anos.
Ou seja: Alckmin vai entregar um metrô de bilhões por alguns milhões!
Em tempo: a expansão do metrô de São Paulo é um exemplo da eficiência (sic) tucana: a linha 5 - Lilás liga os bairros do Capão Redondo e Santo Amaro, na zona sul da capital. Foi inaugurada em 2002 e até agora as obras não terminaram.
Já a linha 17 - Ouro, que deverá ligar o bairro do Butantã, na zona oeste, até o aeroporto de Congonhas, foi prometida inicialmente para 2012, depois 2014, 2015, 2017 e agora 2018. Pelo jeito vai ficar pra 3018 - com a eleição do próximo presidente paulista.
Entretanto, o edital da privatifaria prevê que, em caso de mais atrasos na entrega das obras, o estado de São Paulo será obrigado a indenizar as empresas! São uns jênios!