Secretário da Privataria anuncia entreguismo acelerado!
Em um evento para investidores estrangeiros em São Paulo nesta quarta-feira 29/I, o Secretário de Desestatização do governo federal, Salim Mattar, apresentou um novo calendário de privatizações das empresas estatais.
Foi o mesmo encontro no qual o presidente da Câmara (e não "câmera", ok, Moro?) Rodrigo Maia criticou o ministro da Educassão Abraham Weintraub e o governador de São Paulo, João Doria, anunciou seu rompimento definitivo com Jair Bolsonaro.
Em outubro, o secretário Salim Mattar já havia anunciado que desejava "turbinar" a privataria.
(O presidente Bolsonaro, com seu linguajar refinado, cobrou de Mattar "uma f... por semana"...)
Segundo o cronograma anunciado aos representantes do dito "mercado", o novo lote de privatizações será inaugurado com a entrega da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), estatal responsável por cobrir os riscos de grandes projetos de infraestrutura, em agosto deste ano. Em seguida, será a vez da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) e da Casa da Moeda, em outubro e dezembro de 2020, respectivamente.
No primeiro semestre de 2021 o governo planeja entregar empresas como a Nuclebrás, a Ceagesp, Serpro, Dataprev e a Companhia Docas de São Paulo. Na segunda metade do ano será a vez da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU, responsáveis pelos trens de passageiros em cinco capitais brasileiras), da Trensurb (operadora ferroviária da Grande Porto Alegre), Telebrás e Correios.
Já em janeiro de 2022 acontecerá a privatização da Empresa Brasileira de Comunicação, a EBC.
As vendas acontecerão através do Programa Nacional de Desestatização (PND) e do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI). A meta do governo é arrecadar R$ 150 bilhões com a privataria em 2020.
O secretário Mattar, entretanto, debochou das críticas de diversos setores da sociedade contra as privatizações: "vemos o processo de desestatização bastante criticado pela mídia. Pode criticar à vontade. É como se não tivesse visto. Estou fazendo meu trabalho, estou de passagem no governo", disse ele à plateia de investidores.
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