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Sim, o Moro quebrou a Odebrecht

Para dar emprego a um engenheiro chinês!
publicado 19/06/2017
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​Do Facebook do Conversa Afiada:​



Rafael Santana:
Sobre a venda da Odebrecht:


Imagine que você trabalha num açougue. Certo dia, a vigilância sanitária encontra apenas um pacote de cinco quilos de linguiça vencida. Os agentes dessa operação apreende​m​ não só a mercadoria imprópria para o consumo, mas toda a mercadoria que havia no estabelecimento, prendem o açougueiro, v​ão​ à rádio da cidade falar que encontraram​ mercadoria estragada no açougue e que o povo evite de comprar nesse estabelecimento, etc.

Com o linchamento público, a queda das vendas e a destruição da imagem da sua empresa, o proprietário do ​açougue é obrigado
a vendê-lo.


​N​esse exemplo hipotético, a operação irresponsável e desproporcional da vigilância sanitária destruiu a empresa.

O mesmo aconteceu na Lava Jato.

Empresa não erra. Os gestores ​é ​que cometem erros e são eles​ os que devem ser punidos dentro de um processo que respeite, entre outros princípios, o princípio constitucional da preservação da empresa.

A Odebrecht é uma das maiores empresas de construção do mundo. Se for vendida, ao invés de termos um engenheiro brasileiro numa grande obra ao redor do mundo trazendo seu salário para gastar no Brasil comprando um carro, um AP, um sapato, um celular, iremos ver um engenheiro chinês com o emprego que era para ser de um brasileiro.

O combate a corrupção deve ser feito, mas não da forma que foi, com vazamentos, com o linchamento público da imagem e do nome da empresa, com uma exposição desnecessária e letal à empresa, à sua atividade econômica e ​à​ geração e manutenção dos empregos.

Nos EUA, na Alemanha e ​em ​muitos outros países, processos da mesma natureza dos da Lava Jato correm em segredo de ​Justiça e pune​m​-se os Diretores​:​ jamais a empresa​,​ como ocorreu aqui no Brasil.

A Lava Jato é, sim, responsável pelo desmantelamento desse importante setor da ordem econômica em razão da forma irresponsável de fazer ​Justiça. Se duvidarem de mim, consultem um jurista alemão.