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Militares torturadores prestam contas à Justiça (do Uruguai)

Vermelho: "Uruguai: ex-militares são interrogados sobre crimes da ditadura"
publicado 01/02/2011
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Uruguai: ex-militares são interrogados sobre crimes da ditadura


Os tribunais uruguaios retomam nesta terça-feira seus trabalhos, em um dia em que estão citados ex-militares por violações aos direitos humanos, e Leslie Van Rompaey assume como presidente da Suprema Corte de Justiça.

No reinício da atividade judicial, depois do recesso, a juíza penal Mariana Mota e a promotora Ana Maria Tellechea vão interrogar 15 militares aposentados por casos vinculados a graves delitos contra os direitos humanos durante a ditadura (1973-1985). Entre os fatos a serem esclarecidos está o desaparecimento do militante comunista Horacio Gelós Bonilla, um processo anexo à causa contra o ditador Juan Maria Bordaberry por "atentado à Constituição".

As juristas analisaram provas e farão os interrogatórios para identificar os responsáveis pela tortura, morte e posterior desaparecimento de Bonilla. Mota e Tellechea também notificarão oito ex militares pelo "homicídio político" do também militante comunista Ubagesner Chaves Sosa, em 1976, fato que ocorreu na Base Aérea de Boiso Lança, atual sede da Força Aérea

O caso passou a ser emblemático pois significou o primeiro corpo de um uruguaio detento-desaparecido recuperado desde a reabertura democrática, quando em 29 de novembro de 2005 uma equipe de antropólogos resgatou seus restos.

Tellechea, por sua vez, solicitará o comparecimento, em um terceiro caso, de vários militares nas investigações pela morte por torturas de Aldo Perrini Guala, no Batalhão de Infantaria número quatro no departamento de Colônia (nordeste), em 1974.

Fonte: Prensa Latina