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Dilma votou certo na ONU: bombardear a Líbia, não !

Saiu no Globo: Brasil, China, Índia, Rússia e a Alemanha se abstém e não aceitam o bombardeamento americano da Líbia.
publicado 18/03/2011
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Saiu no Globo:

Brasil, China, Índia, Rússia e a Alemanha se abstém e não aceitam o bombardeamento americano da Líbia.

O Brasil se absteve porque não acredita que bombardear Kadafi seja o melhor substituto para negociação e diplomacia.

Além disso, o princípio da "não intervenção" é um dos pontos centrais da política externa brasileira - desde sempre.

Se não, os americanos podem bombardear uma favela do Rio por causa do consumo de cocaína em Wall Street - que foi o que Bill Clinton fez para ocupar a Colômbia.

Os americanos purgam agora a parceria que fizeram com os serviços de inteligência da Líbia em busca de terroristas da Al Qaeda.

A Inglaterra abdicou de ter uma política externa independente dos Estados Unidos - seja o Governo Trabalhista ou Conservador.

A França exorciza o passado colonial e o presidente Sarkozy quer sair da forca com o pescoço do Kadafi.

O Brasil está noutra.

Não apoiou Mubarak meia hora antes de cair, como fez a Hillary.

Não finge que a Arábia Saudita é uma democracia.

E o Nunca Dantes reconheceu o Estado Palestino.

O Brasil está noutra, ao lado da China, da Índia e da Alemanha.

Depois a gente vê como a Líbia pode ficar igual ao Iraque.


Paulo Henrique Amorim