Argentina bota na cadeia ex-diretores da Ford cúmplices da Ditadura

Protesto de ex-funcionários da Ford em Buenos Aires, no início do julgamento dos dois ex-diretores da empresa, em 2017 (Crédito: AFP)
Do Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):
Argentina condena ex-diretores da Ford por cumplicidade na ditadura
Dois ex-diretores da Ford foram condenados nesta terça-feira por cumplicidade na perseguição de representantes sindicais durante a ditadura argentina (1976-1983). Após um ano de processo, um tribunal argentino condenou Héctor Sibilla, ex-diretor de segurança da Ford, a 12 anos de prisão, e Pedro Muller, ex-gerente de manufatura, a 10 anos.
Ambos foram condenados por participação "na privação ilegal da liberdade, agravada pelo uso de violência e ameaças, tormentos agravados por serem as vítimas perseguidas políticas". No caso de Sibilla, ela também presenciou uma sessão de tortura.
Os dois estão atualmente em prisão domiciliar e poderão recorrer em liberdade da sentança. Mas, quando suas condenações forem definitivas, terão que cumpri-las na prisão, aponta a decisão recebida com aplausos e gritos de sobreviventes e parentes.
(...) Em 1976, quando aconteceu o golpe de Estado que derrubou a presidente María Estela Martínez de Perón, a fábrica da Ford tinha quase 5 mil operários e 2.500 funcionários administrativos.
A fábrica tinha cem representantes sindicais e 24 deles foram detidos, muitas vezes no próprio local de trabalho e com listas elaboradas pela empresa, em represália por seu ativismo sindical, de acordo com a Promotoria.
Vários deles foram torturados na fábrica, na localidade de General Pacheco, na periferia norte de Buenos Aires, antes da transferência para centros clandestinos de detenção, segundo os depoimentos das vítimas.
(...)
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