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Google e Facebook têm uma dívida com o jornalismo

Faturam com o conteúdo, mas não pagam? Imposto neles!
publicado 23/10/2018
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O Conversa Afiada reproduz do Observatorio Latinoamericano de Regulação, Meios e Convergência - Observacom. Clique aqui para ler o original, em Espanhol:

Os gigantes da tecnologia deveriam pagar um imposto para financiar o jornalismo, disse David Newell, CEO da News Media Association, uma organização que representa jornais nacionais e locais no Reino Unido, em sua coluna de opinião em The Times.

"O jornalismo informativo nunca teve tanta demanda, ampliando cada vez mais a audiência em plataformas impressas e digitais. No entanto, o Google e o Facebook, que não produzem conteúdo original de notícias e se beneficiam disso, estão desviando todo o crescimento da receita digital ao ganhar dinheiro com nosso conteúdo sem uma troca justa. Isso não é apenas fundamentalmente injusto, mas também ameaça diretamente a sustentabilidade do jornalismo ", disse Newell.

Além disso, o executivo disse que a Associação exige que as plataformas estejam sujeitas à supervisão de um órgão regulador independente para promover a verificação de notícias sobre conteúdo nocivo.

Este ponto também foi colocado em pauta pelo regulador convergente de mídia e telecomunicações, OFCOM, que, em um documento recente, afirmou que alguns princípios de regulamentação de radiodifusão poderiam ser considerados para a proteção de discursos nocivos na Internet.

Outro ponto enfatizado pela Press Media Association foi que deveria ser realizada uma consulta sobre competência para discutir o domínio das empresas de tecnologia e o papel dos intermediários na cadeia de valor da publicidade, a fim de entender a influência que exercem nesse mercado.

A nível supranacional, na União Europeia a discussão sobre o financiamento da imprensa tradicional também foi levantada na recente reforma dos regulamentos de direitos autorais. O artigo 11 afirma que as plataformas terão de ter uma licença e pagar aos editores pelo uso do conteúdo.

O ponto mais controverso do regulamento é que o artigo 13 da proposta obriga as plataformas de Internet a filtrar automática e massivamente o conteúdo, com o argumento de proteger os direitos autorais.

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