Mulheres vão ganhar o mesmo que os homens... em 2220
(Arte: Imprensa Viva)
Deu no PiG cheiroso:
Mulheres só vão ganhar o mesmo que homens daqui a 202 anos
A boa notícia: a diferença global entre os gêneros melhorou um pouco. A realidade: as diferenças nas oportunidades econômicas, incluindo a discrepância salarial entre homens e mulheres, são tão grandes que serão necessários 202 anos para eliminá-las completamente, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
O grupo analisa vários indicadores de igualdade entre homens e mulheres no relatório global sobre disparidade de gênero deste ano, divulgado nesta terça-feira (18). A disparidade de gênero geral na política, no trabalho, na saúde e na educação melhorou menos de 0,1%, o que significa que levará 108 anos para alcançar a paridade. A lacuna de oportunidade econômica - com base na participação, na remuneração e no avanço na força de trabalho - continua sendo a área que levará mais tempo para chegar à igualdade.
Os números são uma pequena melhoria em relação aos resultados do ano passado, quando a diferença entre as realizações e o bem-estar de homens e mulheres se ampliou pela primeira vez em mais de uma década.
"O que se observa globalmente é que nenhum país atingiu a igualdade de gênero, independentemente do nível de desenvolvimento, da região e do tipo de economia. A desigualdade de gênero é uma realidade em todo o planeta, e estamos vendo isso em todos os aspectos da vida das mulheres", diz Anna-Karin Jatfors, diretora regional da ONU Mulheres. Ela acrescentou que "202 anos é um tempo de espera longo demais" para a equidade econômica.
Jatfors disse que os governos podem ajudar a estimular melhorias com políticas de remuneração igualitária e investimento na infraestrutura de cuidados para pais e idosos, além de conceder às mulheres proteções jurídicas, como segurança no emprego durante a gravidez.
Houve um "progresso mínimo" desde o relatório do ano passado no indicador de participação e oportunidades econômicas, afirma o Fórum Econômico Mundial, e os países com pior desempenho estão principalmente no Oriente Médio e no Norte da África. Apenas 34% dos gestores globais são mulheres, e as lacunas de renda têm sido "particularmente persistentes", sendo que 63% da diferença salarial global foi fechada até o momento.
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