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Trump quer transformar o Brasil em Colômbia

Ministro da Defesa do MT se encontrou com chefe do Pentágono
publicado 14/08/2018
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O ministro da Defesa, Gal. Joaquim Silva e Luna, e o chefe do Pentágono, James Mattis (Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag. Brasil)

Do Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):

Ministro da Defesa: EUA pedem ao Brasil liderança na Venezuela e cuidado com China


O ministro da Defesa, general da reserva Joaquim Silva e Luna, ouviu dois pedidos de seu colega americano, James Mattis, que o visitou na segunda-feira em Brasília: liderança no socorro humanitário à Venezuela e que o Brasil não dependa “tecnologia ou economicamente” de países “não alinhados democraticamente” com o Brasil, em uma clara alusão à China e sua crescente influência na região. (...)

O Globo: O que ele pediu sobre a Venezuela?
Gal. Luna:
Conversamos sobre a Venezuela, foi um tema que demandou muito. O que ficou claro é que a situação do país está se deteriorando muito rapidamente. O que foi colocado: uma forma de como ajudar. Ele quer que o Brasil lidere este processo, conversando com os países do nosso entorno, particularmente aqueles que estão sendo afetados por essa corrente de migração, como é o caso do Brasil, que tem cerca de 50 mil venezuelanos no Norte.

(...) O Globo: Como seria essa solução? Ela trataria só de ajuda humanitária ou teria alguma ajuda à oposição ao regime de Nicolás Maduro?
Gal. Luna:
Seria uma ajuda humanitária mesmo, que passa por saúde, logística e aquilo que eles solicitarem.

(...) O Globo: Qual é o ponto de conflito hoje em Alcântara? No acordo passado havia o pedido, por parte dos americanos, de ter áreas restritas para brasileiros…
Gal. Luna:
Isso tudo já foi foi superado. O acordo macro está bastante macro, onde há o comprometimento em relação à utilização de conhecimentos e tecnologias que são exclusivas dos Estados Unidos. O acordo visa preservar essas tecnologias e o uso pacífico do espaço. Alcântara é só a base de onde será lançado o satélite. (...) Nesta vinda do secretário Mattis assinamos, no nível das Forças Aéreas, um acordo, chamado SSA (Space Situational Awareness, consciência situacional do espaço) que é um avanço na área do espaço. Isso mostra que os EUA têm o objetivo de aumentar a parceria com o Brasil na área de satélites. Alcântara, como todos sabem, tem uma localização privilegiada.

O Globo: No Pentágono, há o objetivo de ampliar parcerias na América do Sul, repetindo um pouco o modelo da parceria que há com a Colômbia. O Brasil pode avançar nesta direção?
Gal. Luna:
Acredito que sim. Mas os países possuem as suas especificidades. Quando falamos de Brasil, toda a situação é mais complexa. Estamos tratando de um país que é um continente, em espaço, população, PIB. É uma situação diferente.

O Globo: O secretário estava preocupado com o aumento da influência militar chinesa na América do Sul. Ele chegou a conversar com o senhor sobre isso?
Gal. Luna:
No começo de nossa conversa, muito por alto, ele falou da importância na escolha de parcerias, citando o fato de que há muitas formas de perdas de soberania. Uma delas é criando a dependência tecnológica, e até uma dependência econômica com países que não tem um alinhamento com a nossa forma democrática de proceder.

O Globo: Como o senhor ouviu essa recomendação?
Gal. Luna:
Entendi o que ele quis dizer, mas isso é uma disputa comercial no mundo inteiro, há uma grande rearrumação do mundo inteiro, na Ásia, na União Europeia. É uma disputa de mercado. (...)