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Sobre a independência do Banco Central. Serra e Miriam travam batalha de 2002

publicado 10/05/2010
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Conta-se que na entrevista “levanta eu que corto” na CBN José Serra se irritou com uma jornalista mulher.

Ele tem um problema com jornalistas mulheres: clique aqui para ver que ele recentemente atacou repórteres gaúchas.

Serra se teria irritado com a urubóloga Miriam Leitão, por que ela quis saber se ele respeitaria a independência do Banco Central.

O Banco Central não é a Santa Sé, teria dito ele, genial !

A discussão está “fora do lugar”.

Serra não respeitaria nada, se fosse presidente (mas não será, porque o Vesgo do Pânico tem mais chance do que ele).

Serra é o nosso Putin.

Segundo: nenhum presidente respeitou mais a autonomia do Banco Central do que o Presidente Lula.

( O FHC demitiu vários.)

Nomeou um adversário político – um tucano - para presidi-lo.

E lhe deu status de Ministro.

Nem a Miriam, nos momentos mais urubolísticos será capaz de se lembrar de uma única vez em que Lula interviesse na política monetária.

E o Serra ?

Ele defende a intervenção manu-militari no Banco Central, com as divisões do Nelson Jobim.

Na verdade, se fosse eleito, ele não precisaria fazer isso.

Ele nomearia para o Banco Central o professor Belluzzo, o Gesner, o Ricardo Sérgio, o Preciado e o Gonzalez.

 

Ficava tudo em casa.

Não precisava “intervir”.

Serra pensa que é o único brasileiro que discorda da política de juros do BC.

E faz disso um cavalo de batalha.

É outro espaço do vácuo (*) em que habita.

A independência do BC esteve em questão quando Serra dizia às reginas duartes que o Lula era Belzebu.

Hoje, não precisa mais.

Quem mete medo é ele.

Que não respeitaria a independência nem da Mega Sena.

Só ia sair para São Paulo.

 

Paulo Henrique Amorim

 

(*) Não se trata de uma incongruência, amigo navegante, “espaço do vácuo”. É que o PiG (**) cria espaços de vácuo e deposita o Serra lá dentro. Mas, não se iluda. Ele está nu.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.