O jn no ar e o C Af na terra
O Romeu tem uma Kombi que usa para fazer carretos leves, na cidade de São Paulo.
Em janeiro, ele descobriu que tem um câncer no rim.
Por sorte, está encapsulado.
Imediatamente, procurou o plano de saúde.
Esperou sete meses e o plano de saúde a enrolar.
Nada.
Nada de marcar a cirurgia.
Nesta quinta-feira, oito meses depois, Romeu finalmente vai marcar a cirurgia.
Pelo SUS.
Talvez seja na Santa Casa: “estou muito feliz, porque na Santa Casa os médicos são professores renomados”, disse o Romeu.
A Tonha mora aqui em casa.
Tem um sério problema de pressão.
Toma quatro remédios por dia.
E se trata no Incor, Instituto do Coração, em São Paulo.
Público.
Nesta quarta-feira, recebeu aqui em casa, pelo correio, outro remédio contra pressão alta prescrito pelo médico dela, do Incor.
Não vai pagar um tostão.
Como se sabe, o piloto do jn no ar é o Ali; Kamel é o co-piloto.
O radar do jn no ar só localiza desgraça.
É impossível o jn no ar descer em qualquer ponto do território nacional em que as coisas funcionem.
Para o jn no ar, o Brasil é Darfur.
Onde só quem venceu na vida são os filhos do Roberto Marinho (como se sabe, eles não têm nome próprio).
Este é um dos “Princípios” que orientam a Globo: tudo está errado se o Governo for trabalhista.
Para compensar, o Conversa Afiada achou que deveria criar essa seção:
“O jn no ar e o C Af na terra”.
Para irritar o Ali, piloto, e o Kamel, co-piloto, a dupla mais poderosa do jornalismo brasileiro.
No “C Af na terra”, as coisas funcionam.
E a prosperidade se reparte melhor.
Paulo Henrique Amorim