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Prêmio Comupigue-se: vai faltar bola para a Copa

Os amigos navegantes não se deram conta, mas, por esses dias, houve uma cerimônia do Oscar em São Paulo.
publicado 15/09/2011
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Os amigos navegantes não se deram conta, mas, por esses dias, houve uma cerimônia do Oscar em São Paulo.

Foi a entrega do Prêmio Comupigue-se de Jornalismo Golpista.

É uma celebração ao neto de Jacó, Onã, do Velho Testamento, em que um membro do PiG (*) acarinha outro membro do PiG (*).

Todos os premiados do Comupigue-se decretaram nesta quinta-feira que não vai ter Copa.

Vai faltar apito, bola, bandeirinha de corner.

(Quando na verdade, só não vai ter seleção, essa seleção do Galvão e do Ricardo Teixeira.)

Nesta quarta-feira, o Ministro dos Esportes e a Ministra do Planejamento expuseram números para indicar que as obras seguem em ritmo OK.

Provavelmente, a Alemanha e a África do Sul, a essa distância do evento, não estavam tão adiantadas.

O presidente da Embratur, Flavio Dino, por exemplo, se prepara para extrair da sucessão de eventos, que vão da Copa às Olimpíadas, o máximo de exposição para um Brasil que é lindo e competente.

Mas, os membros do Comupigue-se não se convencem.

Eles anunciam a catástrofe para um ponto no futuro longínquo.

Quando o futuro longínquo chegar e a catástrofe não se materializar, os órgãos do PiG (*) e o membros do Comupigue-se já terão perdido o vigor.

A primeira página do Globo é exemplar: “Copa: 64% das obras não sairam do papel”.

O texto interno é ainda mais assustador: “Em câmera (muito) lenta”.

Sobre o recuo da Justiça, que voltou a autorizar as obras no aeroporto de Guarulhos, discreto destaque.

O PiG (*) e os agraciados pelo Comupigue-se serão convidados a se retirar do Brasil durante a Copa.

Deveriam ir para Miami.

Aqui, vão dar azar.

(E sorte, muita sorte é do que a seleção do Galvão vai precisar.)


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.