O PiG diante de Lula e de Obama
O amigo que está em Boston diz ao ansioso blogueiro:
- Você se lembra de quando me disse que pior do que os ataques sórdidos do PiG (*) ao Lula é o que a imprensa americana faz com o Obama ?
- Sim, lembro !
- Você tem e não tem razão.
- Como assim ?
- O que a imprensa americana diz do Obama consegue ser mais repugnante do que o que o PiG diz do Lula.
- Então, eu tenho razão.
- Não ! Porque a grande imprensa americana é a favor do Obama.
- Como assim ?
- Os ataques abjetos ao Obama saem de outra imprensa, menor, menos expressiva e, mais ainda, na internet. Os jornalões apóiam o Obama e criticam os conservadores.
- E nos Estados Unidos tem muito mais fonte de informação do que essas três famílias (decadentes) que monopolizam a imprensa no Brasil.
- Exato ! Muito mais !
- E na televisão ?, pergunta o ansioso blogueiro.
- Tevê aberta aqui não brinca em serviço. Se for parcial, partidária, como a brasileira, se estrumbica toda. A lei, os partidos, os grupos de pressão partem para cima. Miriam Leitão na tevê aberta americana ? Never !
- E no cabo ?
- O principal canal político do cabo, a MSNC, tem jornalistas e comentaristas francamente pró-Obama.
- Quer dizer que essa unanimidade contra um presidente trabalhista é uma contribuição do Brasil à Civilização Ocidental ?, diz o ansioso blogueiro.
- Unanimidade, não. Você e o Nassif discordam, não é isso ?
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.