CPI: Gurgel tem o que explicar, sim
O jn desta quarta-feira fez murchar a cobertura da CPI da Veja (e do Globo, porque são a corda e a caçamba).
Talvez porque essa história de querer fazer a CPI da Delta, ou seja do PAC e do Cabralzinho, pode ser um tiro no pé: "CPI: vão chamar o Paulo Preto e o Cerra ? "
O Cavendish gosta do Ritz, de Monte Carlo, mas gosta também do fedor das marginais de São Paulo.
Foi pena que o Ali Kamel tenha cortado o depoimento da senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, aquela que deu uma surra no valentão do Arthur Virgilio Cardoso.
Graziotin quer, sim, ouvir os Procuradores.
Vários procuradores.
O brindeiro Gurgel, por exemplo, tem muito o que explicar.
Por que ele dormitou em cima da denúncia contra Demóstenes, que, aliás, apoiou sua recondução ao cargo de Procurador Geral ?
Por que ele depende tanto do apoio desse outro udenista imaculado, o Álvaro Dias - pegunta o Leandro Fortes, em "Dias segura a barra do Gurgel por causa do mensalão".
O Gurgel não precisa ir como testemunha.
Não precisa fazer firula técnica, se proteger atrás do Código.
Basta ir lá, como qualquer cidadão, como homem público, sem lenço nem documento, e explicar a soneca.
Nada demais.
Foi só uma soneca.
Paulo Henrique Amorim