Presidente da Veja diz que respeita o ambiente
Saiu no Valor, o PiG (*) chic:
"Empresa que respeita o ambiente costuma ter resultado melhor"
Por Daniela Chiaretti
De São Paulo
Ele foi chamado, no passado, de "banqueiro verde" - e o adjetivo não era elogioso. Dez anos depois de ter garantido a fama de sustentável do banco ABN Amro Real, o administrador de empresas Fábio Barbosa, 57, ganhou o prêmio "Campeão da Terra 2012", o mais importante das Nações Unidas na área ambiental. "Diziam que o nosso negócio era só conceder empréstimos, não importa para quem", lembra. Antes dele, a única brasileira a ganhar o prêmio do Pnuma, o braço ambiental da ONU, foi a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. "Descobrimos que empresas que se preocupam também com aspectos ambientais costumam ter melhor performance financeira."
Barbosa, que presidiu o Real, o Santander Brasil e a Febraban - e agora é presidente da Abril S.A - diz que mesmo que a crise econômica tire o foco de atenção de chefes de Estado e empresários, a Rio+20 é um evento fundamental. "A Rio+20 está concorrendo com um tema urgente. E mais uma vez, o urgente toma lugar do importante", diz. "Acho que temos que estar com um olho no presente, a crise e tudo mais, e um olho no futuro."
É espantoso.
O Valor dedica uma página inteira, com direito a foto na capa, ao homem que preside a Veja.
E o Valor não faz nenhuma pergunta sobre o Policarpo ! Sobre o Robert(o) !
O "banqueiro verde" foi visto em Brasília, numa peregrinação de bastidor para impedir que seu patrão, Robert(o) Civita, e o Policarpo, seu diretor em Brasília, sejam entrevistados na CPI.
Enquanto o Collor estiver lá vai ser difícil.
A este ansioso blogueiro, Collor considera que Robert(o) e Policarpo delinquiram, porque sempre souberam que trabalhavam de mano com o crime organizado.
E o "banqueiro verde"... nada !
E o Valor ... nada !
Não é para menos.
A Carta Capital e este ansioso blogueiro já noticiaram que um dos filhos do Roberto Marinho - eles não têm nome próprio - fez breve explanação ao (vice) Presidente Michel Temer: falou em Veja, falou em imprensa; falou em imprensa falou em Globo.
Mais ou menos como em Nápoles.
Na Argentina, porém, os Civita não põem o pé há muito tempo.
E a Globo de lá, o Clarín, começar a dançar miudinho.
Mas, aqui, sabe como é, amigo navegante, o Fábio Barbosa diz que "empresa que respeita o ambiente costuma ter resultado melhor".
Deve ser por isso que a Abril vai mal das pernas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.