Globo cancela debate e beneficia Cerra
Como se sabe, numa emissora de televisão, o núcleo profissional mais bem informado não são os jornalistas.
São os maquiadores.
Os maquiadores da Record sempre souberam que o Cerra não iria ao debate na Record.
O Cerra tem medo da Record.
Tanto que transformou a Igreja Universal, que controla acionariamente a Record, num bicho-papão de sua Eclesiástica campanha eleitoral, que vai de Marcelo Rossi ao Bispo Malafaia.
São Paulo, ou a Chuíça (*), é a única cidade do Brasil em que a Religião se tornou centro do debate eleitoral.
É uma das contribuições do Iluminismo tucano à Democracia brasileira.
Depois, o Cerra botou a culpa no Russomano, que não foi ao debate da Record, porque tinha que assistir ao nascimento da filha.
Verdadeiro ou não, o certo é que o Cerra não iria à Record, mesmo antes da concepção da filha do Russomano.
Provavelmente, porque não tinha a certeza de que o Amaury não o esperasse na porta com a notícia de um processo judicial por chamá-lo de bandido.
Agora, a Globo cancela o debate em São Paulo.
Argumenta que os candidatos nanicos o inviabilizaram.
O Conversa Afiada propõe outra hipótese.
A Globo cancelou para beneficiar o Cerra.
Não interessa a Cerra ir para um confronto na véspera da eleição.
A queda dele é impressionante: começou a cair nas pesquisas (mesmo no Datafalha e no Globope) assim que começou a aparecer na televisão.
Caiu à metade.
O Zezinho Trinta tende a Zezinho 15.
A taxa de rejeição se estabilizou de forma consistente: 40% dos eleitores de São Paulo preferem votar em Belzebu a votar no que é “a elite da elite”.
Já imaginou se um candidato nanico faz como fez em outro debate e suscita a questão da Privataria ?
Do Aref ?
As obras da Delta na marginal (sic) de São Paulo ?
Cerra é o candidato que menos está interessado em transparência, cotejo de ideias.
Porque não tem nenhuma.
(Veja na TV Afiada o que o ansioso blogueiro diz sobre o que a elite brasileira tem na da cabeça: nada !)
Cerra tem que se esconder na metrópole canadense que mostra na propaganda eleitoral, como se fosse a São Paulo dele e do Kassab.
Não há coincidências na Globo.
Não há menor possibilidade de um analista aparecer na GloboNews, defender os réus e ser chamado de volta.
Jamais de la vie !
O Golpe do mensalão, que o próprio Cerra admite, é uma ação coordenada por dois Procuradores República, um deles acusado de prevaricação, a Globo e alguns ministros do Supremo.
É o Golpe brasiguaio.
O que também tentaram na Venezuela, na Bolívia e no Equador.
E que, aqui, se robusteceria com uma condenação do Dirceu.
(Clique qui para ler a defesa do Dirceu: “quero ver condenar o Dirceu ! - II”)
Porque, depois do Dirceu, virá o Lula e, depois, a Dilma, para impedí-los de se candidatar em 2014.
A Globo não admitirá quatro derrotas consecutivas para Presidente da República.
Não está no “plano de negócios” dela.
E, finalmente, o Cerra venha a ser eleito, “a elite da elite” !
E nomear o Ali Kamel Ministro das Comunicações !
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.