Ataulfo apura a mira: agora é a Dilma
Saiu na colona (*) do Ataulfo Merval de Paiva, no Globo:
Situação delicada
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Já não está sendo possível aceitar que tudo de ruim que acontece no seu governo seja culpa do antecessor, mesmo que ela não explicite essa acusação, apenas a insinue. E negue oficialmente quando, a exemplo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tentam explicar os fracassos de seu governo com uma suposta “herança maldita” deixada por seu antecessor e padrinho.
Afinal, a presidente Dilma já está na segunda metade de seu governo, foi a responsável pela nomeação de todos os ministros que já demitiu por suspeita de corrupção – e por sinal nada aconteceu a nenhum deles em termos concretos – e até mesmo essa chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, foi nomeada pela Dilma quando era Chefe do Gabinete Civil, e mantida no cargo a pedido de Lula.
(...)
Este ansioso blog tinha previsto - em "Rose é mequetrefe" - que o Golpe contra a Presidenta começaria a ser aplicado na Semana Santa.
O Ataulfo Merval o antecipou.
Desde que se imortalizou e ajudou a definir o ritmo, escolher os juízes e acertar o relógio do julgamento do mensalão (o do PT), o supra citado colonista (*) exibe aguda capacidade de antecipar - e provocar - eventos políticos.
Chega de intermediários: nem Lula nem Dirceu.
O alvo é o Governo trabalhista atual.
Como foram Vargas, Jango, Brizola e Lula.
A Globo não ganha eleição.
A Globo dá Golpe.
A Dilma é o Golpe da vez, vaticina o Ataulfo.
Em tempo: quem entender o significado da seguinte frase ganha direito a um chá na Academia: "E negue oficialmente quando, a exemplo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tentam explicar os fracassos de seu governo com uma suposta “herança maldita” deixada por seu antecessor e padrinho." Oh, Vieira, onde estás que não respondes ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.