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Barbosa furou o balão do brindeiro

A leitura do texto do Presidente Barbosa reaviva a esperança de que ele parta para cima dos tucanos com a mesma fúria com que condenou os petistas.
publicado 22/12/2012
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A decisão do presidente Joaquim Barbosa desnudou o brindeiro Gurgel.

Furou-lhe o balão.

Como disse no Globo o corajoso deputado Fernando Ferro: esse Gurgel, além de pequeno, é incompetente.

Pequeno do ponto de vista moral, provavelmente.

(É claro que o senador Demóstenes há de discordar dessa opinião.)

Pequeno, do ponto de vista do senador Fernando Collor.

Em abril, o brindeiro suposto prevaricador volta ao anonimato.

Terá sido responsável pela desmoralização do Ministério Público, “esse monstro” a que se refere o Mauricio Dias.

Nenhum Procurador Geral da República partidarizou o cargo como ele.

Politizou.

A ponto de neutralizar a indicação de um membro da Corregedoria do Ministério Público, para “cobrir-se”.

Vamos aguardar o substituto escolhido pela Presidenta Dilma, Presidenta que tem a ver com o mensalão, sim, apesar das chaleiras neo-petistas que habitam o Palácio do Planalto.

Que ela não escolha para o brindeiro lugar um outro Fux.

O texto da decisão do Presidente Barbosa é a mais completa desmoralização profissional do suposto prevaricador.

Não fica pedra sobre pedra.

Além da artimanha de tentar driblar o plenário do Supremo, a peça com o pedido de prisão imediata do Dirceu é pífia.

Não resiste a um exame da Ordem.

A leitura do texto do Presidente Barbosa reaviva a esperança de que ele parta para cima dos tucanos com a mesma fúria com que condenou os petistas.

E que ponha o brindeiro para trabalhar – e exija que ele investigue a Privataria Tucana.

E confira legitimidade às operações Satiagraha e Castelo de Areia.

A decisão de Barbosa que encerrou a melancólica carreira do suposto prevaricador pode ser alvissareira.

Afinal, o Fernando Henrique Cardoso tinha o completo domínio do fato da Privataria.

Ele era o “bomba atômica” a que se referiu o André Lara Resende, o Oppenheimer da Privataria.

Em tempo: quando o Zé Cardozo tirou o tapete do Marco Maia e abriu as portas para a tropa do Supremo prender os deputados no prédio da Câmara, estava ele a falar por si mesmo, do alto do seu silogismo (esse Bessinha ...), ou falava pela Presidenta ? Clique aqui para ler "A Dilma tem a ver com o mensalao, sim".


Paulo Henrique Amorim