Barbosa defende liberdade de expressão. Ouviu, Gilmar ?
Do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa:
Eu me sinto honrado em receber este prêmio. Não é só uma honra, pois o prêmio também me traz algumas singularidades. Comecei minha vida profissional pela imprensa na elaboração de jornais que iniciaram na tão nova capital federal e, em seguida, no jornal publicado no Senado Federal. A segunda singularidade é que vejo que a vida pública deve ser e tem que ser vigiada pela imprensa. Não consigo ver a vida do Estado e de seus agentes e personagens sem a vigilância da imprensa. Na minha concepção, a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra. Não se deve ter mistério para aqueles que exercem a atividade pública que eu exerço atualmente — disse o magistrado. (Assista ao vídeo)
Barbosa, que em 2007 recebeu o Faz Diferença na categoria País, recebeu o prêmio este ano pelas mãos do diretor de Redação do GLOBO, Ascânio Seleme, e do vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho. O homenageado destacou, ainda, a sinergia entre a imprensa e o Judiciário:
— É uma sinergia grande, importante e relevante para um setor tão impenetrável, que tem a missão de julgar. Vou continuar fazendo o que sempre fiz: ter sempre o interesse público em primeiro lugar — disse Barbosa, aplaudido pelos convidados.
No dia 4 de maio, a convite da Unesco, o presidente do Supremo participará de uma conferência em São José da Costa Rica, pela liberdade de expressão.
— Espero neste evento poder relatar a robustez da imprensa do nosso país e o papel na nossa democracia, principalmente no setor ao qual pertenço, que é o Poder Judiciário — afirmou o presidente do STF.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/faz-diferenca-globo-premia-os-destaques-no-pais-em-2012-7961443#ixzz2OwHrwchK
Clique aqui para ler a histórica decisão do Ministro Celso de Mello sobre a liberdade de expressão.
Aqui para ver que o Globo e o PiG (*) não noticiaram a vitória: por que será ?
O discurso de Barbosa foi um sutil recado a seu notável colega, Gilmar Dantas (*), que tem o hábito de processar jornalistas – clique aqui na aba “Não me calarão” e contemplem a Galeria de Honra Daniel Dantas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.