Bagrinha bode expiatório da Globo dava CPF falso
O Conversa Afiada reproduz demolidor argumento do Fernando Brito, no Tijolaço:
Bode expiatório da Globo era bagrinha que dava CPF falso
Mais fatos vão mostrando que Cristina Maris Meinick Ribeiro, condenada a 4 anos e 11 meses de prisão pela 3a. Vara Criminal Federal foi, provavelmente, um bode expiatório para o sumiço do processo fiscal de R$ 615 milhões contra a Globo.
O Tijolaço, durante o final de semana, apontou a existência de um processo administrativo disciplinar da Receita aberto contra ela em 2006, quando o desaparecimento dos autos da Globo – que incluíam um pedido de abertura de ação penal por sonegação contra a empresa – teria ocorrido em 2 de janeiro de 2007.
Este processo, que resultou também em condenação de Cristina, mostra o perfil de uma pequena corrupta, emissora de CPF falsos para pessoas com problemas de crédito.
Está aí ao lado, na sentença da 7a. vara Criminal do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro, em outra ação em que Cristina foi condenada.
Dez CPF falsos foram gerados entre entre julho de 2005 e março de 2006, pouco antes de ser aberto o processo administrativo instaurado pela Receita, do qual Cristina foi notificada e no qual foi ouvida, admitindo a emissão com sua senha, mas confirmando que fora ela a utilizada.
Portanto, todos sabiam que Cristina era, no mínimo, seriamente suspeita de fraude quando ocorreu o furto do processo da Globo.
Seu acesso aos sistemas e arquivos da Receita, é obvio, tinha sido cortado ou restrito ao mínimo funcional, como bater ponto e assemelhados.
Cristina não poderia, em hipótese alguma, pegar um auto de infração de R$ 615 milhões, enfiar na bolsa e ir embora.
Não era uma auditora-fiscal, apenas uma agente administrativa, que certamente não seria (ou permaneceria) lotada em lugares sensíveis da máquina da Receita, ainda mais estando processada, como estava, por emissão de CPF falsos.
Requeri, formalmente, à Receita as datas exatas de abertura dos procedimentos e a lotação/exercício de Cristina.
Cristina Maris Meinick Ribeiro é, evidentemente, um “bagrinho expiatório”.
“Assinou” mais um crime, como se faz com presos numa delegacia, para “encerrar”casos complicados.
A receita e o Ministério Público estão moral e funcionalmente obrigados a explicar o porquê desta contradição absurda.
E, sobretudo, qual a razão de o processo 200702010091004, onde está o caso Globo, já com condenação, ainda correr sob segredo de Justiça.
Por: Fernando Brito
Sobre a denúncia do Tijolaço, saiu no Cafezinho:
Globogate: O estranho caso de Cristina
O Tijolaço está publicando neste momento mais um post sobre o estranho caso de Cristina Maris Meinick Ribeiro, a servidora que roubou o processo da Globo no dia 2 de janeiro de 2007. Eu quero acrescentar alguns comentários.
Não é um caso mal explicado. É um caso bizarro. Desde 2006, Cristina vinha sendo investigada em vários processos administrativos por crimes cometidos em 2005. Tinha alterado o processo de empresas (Forjas, P&P Porciúncula e Mundial), forjado CPFs falsos para pessoas com dívidas na praça.
Como uma mulher suspeita em vários processos administrativos poderia ter acesso a um processo envolvendo quase 1 bilhão de reais?
No comunicado abaixo, publicado apenas em junho deste ano, fala-se textualmente nos crimes cometidos em 2005.
Confira o belo “currículo” da moça.
Todos os indícios convergem para uma conclusão: Cristina jamais teve acesso ao processo da Globo. Portanto, ela foi um bode expiatório. Então ressurge a questão: quem roubou o processo? O Ministério Público investigou isso a contento? O MP não identificou antes essas contradições?
Agora que temos um novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, esperamos que a instituição corrija suas omissões e dê alguma satisfação ao povo brasileiro.
Nos outros casos de Cristina, as empresas beneficiadas foram convocadas para prestar esclarecimentos;
Clique aqui para ler a condenação de Cristina.
Não deixe de ler, em situação parecida, a reconstituição dos acontecimentos em quadrinhos, onde aparece, inesperadamente, o Gilmar Dantas (*).
(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…