Robôs escrevem reportagens. No PiG !
Amigo navegante formado em engenharia eletrônica e que dedica profundo menosprezo à atividade jornalistica (no Brasil!) envia essa intrigante reportagem, como se fosse uma grande novidade:
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/veiculos-comecam-a-usar-robos-que-escrevem-materias/46524
Uma das maiores agências de notícias do mundo está há meses distribuindo textos que foram escritos por robôs. Isso ocorreu ontem, por exemplo, quando a Apple divulgou seus resultados financeiros trimestrais e as reportagens que apareceram na CNBC e no Yahoo, entre outros, saíram da Associated Press por “mãos" automatizadas.
Segundo o Verge, faz seis meses que a AP implementou o sistema, que hoje é responsável pela elaboração e publicação de 3 mil textos como o que repercutia o anúncio da Apple. Até outubro, a produção ainda passava por algum tipo de edição, agora a máquina é capaz de fazer todo o trabalho sozinha.
As matérias, claro, não são tão elaboradas e criativas como as humanas. Mas textos sobre resultados financeiros são basicamente um amontoado de números, então, quanto mais frios, melhor a compreensão da informação, e de frieza as máquinas da AP entendem.
A tecnologia por trás disso se chama Wordsmith e foi criada pela Automated Insights. As notas são objetivas e geralmente bem escritas, o leitor pode acreditar que foram produzidas por um humano até chegar ao final, onde, ao invés de uma assinatura, vem a informação de que aquilo saiu de um robô.
A Wordsmith gera milhões de artigos por semana para parceiros como Allstate, Comcast e Yahoo (onde parte da cobertura esportiva é automatizada). Se necessário, a plataforma pode chegar à produção de 2 mil textos por segundo.
A informação original está aqui:
http://www.theverge.com/2015/1/29/7939067/ap-journalism-automation-robots-financial-reporting
O ansioso blogueiro lamenta decepcionar o amigo engenheiro, mas essa pratica já é corrente no PiG brasileiro há muito tempo.
Basta o chefe passar aos jornalistas do PiG – que são piores que os patrões – algumas tags.
Por exemplo:
Lula, José Dirceu, Dilma, PT, Petrobras, Mensalão, Lava Jato - que os robôs produzem texto anódinos, inanimados, insossos, mas que cumprem sua função: derrubar a Dilma !
Associadas a essas tags automaticamente os repórteres e colonistas pigais adicionam:
Ladrão, corrupto, safado, aparelhador do Estado, incompetente, bovino, burro, assaltante da Petrobras etc etc.
Sai num Jato só.
Só variam as datas, as circunstancias e os objetivos imediatos.
Nem as personagens citadas mudam: as aspas que dão substância cientifica ao material produzido pelos robôs saem sempre do Adriano Pires, da Elena Landau, de economistas de bancos, “cientistas” políticos da USP, ex-ministros do Plano Real, Fernando Henrique Cardozo (por favor, revisor, não toque !), e, agora mais do que nunca, do jenio do Padim Pade Cerra, que nunca teve uma ideia original na vida !
Portanto, isso que a Associated Press pensa que faz pioneiramente, aqui no Brasil é rotineiro.
Lula, Dilma, José Dirceu … e o robô dispara !
Paulo Henrique Amorim