Fala, Dilma, fala. Faz como a Cristina K
Na posse do novo Ministro da Educação, a Presidenta Dilma fez uma defesa do regime de partilha que deixou nus os argumentos entreguistas dos tucanos.
Como se sabe, o Cerra não teve uma única ideia original , ao longo de 60 anos de vida publica.
O Farol de Alexandria, em sua homilia dominical, repetiu o Cerra – será que é disso que vive o Cerra ?
A Petrobras não tem dinheiro para explorar o pré-sal, por isso, vamos entregar à Chevron .
A Dilma foi ao estômago do argumento.
O pré-sal JÁ produz:
o pré-sal não é mais uma promessa, é uma realidade. Hoje, já são extraídos mais de 660 mil barris/dia do pré-sal. E isso é algo importante, porque é o dobro do que nós extraíamos há um ano atrás. Hoje, é importante dizer que 27% da produção de petróleo do Brasil vem do pré-sal. Isso significa que a fonte das riquezas que nós planejamos para sustentar a educação, essa fonte, ela está já em atividade. E, mais do que isso, ela vai garantir uma renda sistemática pelos próximos anos. Não é coincidência que, à medida que cresce a produção do pré-sal, ressurjam, ainda, algumas vozes que defendem a modificação do marco regulatório que assegura ao povo brasileiro a posse de uma parte das riquezas. Nós não podemos nos iludir. O que está em disputa é a forma de exploração desse patrimônio e quem fica com a maior parte.
Portanto, o pré-sal já dá dinheiro: para a Educação, a Saúde – e para a exploração do pré-sal !
E a única ideia “nova” do Cerra é entregar “a maior parte” à Chevron …
Assim como ele fez com a Vale.
E o Farol com a Rede Ferroviária do Benjamin HSBC Steinbruch, que, generosamente, empregou seu filho...
(Steinbruch gosta de cavalos de raça, o que sensibiliza um dos ministros-fortes da Dilma …)
Tudo isso para dizer que a Presidenta deveria fazer como a Cristina K, de Kirchner.
Não se trata aqui da Ley de Medios, porque há motivos para suspeitar que o Berzoini se encaminhe para um inexorável processo de bernardização.
Mas, fazer como a K, que foi à tevê aberta, comercial, doze vezes até agora, em 2015.
Doze vezes.
A Dilma foi uma, no Dia da Mulher.
A Ley de Medios assegura a Cristina K o direito de abrir a programação comercial em caso de “situações graves, excepcionais, ou de transcendência institucional”.
Bingo !
O Golpe não é de “transcendência institucional” ?
Sempre que os Golpistas da Globo pregarem o Golpe e montarem o Golpe – como fazem nas manifestações - ela é que deveria ir à tevê, em lugar daquela melancólica “entrevista” do zé da Justiça e do Miguel Rossetto.
(Por falar em zé da Justiça, na TV Afiada, se percebe que o Mino tem cada uma … )
Ninguém substitui a Presidenta !
Como agora, por exemplo, ao desnudar a “lógica” entreguista do Cerra, legitimada pelo Príncipe da Privataria.
Entrar na programação comercial, em rede !
Intervenções curtas, diretas.
No estômago dos Golpistas !
Vai dar mais Globope que a Babilônia.
Porque, se for esperar que os senadores do PT a defendam ...
Em tempo: as informações sobre a Cristina K se baseiam em texto do correspondente do Estadão, em comatoso estado, em Buenos Aires, Rodrigo Cavalheiro, neste domingo (5 de abril).
A “reportagem” tenta ridicularizar a Presidenta.
Não se chega impunemente à função de correspondente do Estadão em Buenos Aires, num governo peronista …
Paulo Henrique Amorim
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