"Ferrovia para o Peru não tem a menor possibilidade"
O PiG ainda não engoliu os efeitos da retumbante visita do Premier chinês Li Keqiang, especialmente o papel estratégico que desempenhará a ferrovia Transoceânica: quebrar o monopólio do Canal (americano) do Panamá.
Os colonistas (ver no ABC do C Af) colonizados não conseguiriam remontar uma arquitetura ideológica que dispensasse a massacrante e decadente hegemonia americana.
E nisso se inspiram em seu demiurgo, o Man of the Year.
O Globo, por exemplo.
Na pág. 25 da edição (impressa) nacional, em vias de extinção, utiliza três dedicados repórteres para demonstrar que a Ferrovia não passará de "uma versão reduzida".
Vai ligar Madureira a Cascadura.
O mais fascinante, porém, é a opinião de um especialista em "macrologística" !
("Micrologística" deve ser a especialidade em deslocar o aspirador de pó da sala para o quarto do casal.)
Ele diz assim, macrologisticamente:
"A ferrovia para o Peru não tem a menor possibilidade de vingar !"
Porque a ferrovia terá que atravessar regiões de pântano, floresta tropical e os Andes.
Por esse mesmo raciocínio, o jênio global, em 1934, diria que a Grande Marcha não teria "a menor possibilidade de vingar".
Quá, quá, quá !
Paulo Henrique Amorim