Ataulpho defenderia Silvério dos Reis
Se existisse um Globo na Insurreição Pernambucana e outro na Inconfidência Mineira.
E se o dono do Globo precisasse dar uma colona como prêmio de consolação a um funcionário que foi preterido em disputa por funções mais elevadas na hierarquia empresarial.
Esse colonista provavelmente seria o Ataulpho Merval de Paiva.
Mas, poderia ser o notável historialista, o dos chapéus.
Ou a Urubóloga, que ainda não se manifestou sobre a obra do Piketty e, portanto, o ansioso blogueiro ainda não pode manifestar-se também.
Na Insurreição Pernambucana e na Inconfidência, os acima citados colonistas apoiariam o Calabar e o Silvério dos Reis.
Porque, como hoje se alinham à dominação americana e a ela servem com devotado entusiasmo, então se alinhariam aos interesses da Holanda e da Coroa Portuguesa.
Porque são, por natureza, entreguistas.
É o que explica a colona do Ataulpho, de violência cada vez mais aguda, ao comentar a reação da Dilma aos Silvérios da Lava Jato.
A colona do Merval mereceria uma analise do Nelson Rodrigues, também colonista do Globo.
Dizia ele ao se referir aos colonistas que odiavam o Fluminense:
“… cansamos de ver esses maus profissionais, com olhos rútilos de raiva e deixando escorrer de suas bocas aquela baba bovina e elástica da parcialidade irracional, alimentada por seu fanatismo, regurgitando ódio psicopático ...”
É que o Ataulpho não se conforma de a Dilma ter atingido o âmago da fragilidade da Lava Jato – para não falar em ilegalidade, segundo Marco Aurelo de Mello.
O que um delator diz não vale uma virgula do Ataulpho !
Delator diz qualquer coisa.
Delator é traidor.
Aí, para apelar, com os olhos rutilos de raiva, o Ataulpho diz que a Dilma não sabe “organizar o pensamento”.
Os tucanos diziam que o Lula era ignorante, não sabe falar Portugues.
Depois, o discriminavam, porque não sabe falar ingles e lembra os ”bovinos” de um certo colonista da GloboNews.
Agora, a Dilma não sabe “organizar o pensamento”.
Quem sabe é o Aécio, é o Cerra, o Alckmin.
Quá, quá quá !
Paulo Henrique Amorim