Biruta do Ataulpho Merval se desgovernou
O Mino Carta sabe das coisas.
Não foi à toa que transformou um personagem muito parecido com o Ataulpho Merval (ver no ABC do C Af) em protagonista de seu romance “O Brasil”; é o Aboukir, cuja máxima aspiração na vida era fazer um terno no alfaiate dos patrões.
Ataulpho é a biruta do aeroporto particular da Casa Grande.
Sem tirocínio ou talento, ele se limita a apontar o rumo que a Casa Grande prefere.
A biruta, porém, se desgovernou com a noticia de que o tucano Cássio Cunha Lima, aquele do dinheiro que voa, se beneficia da morosidade do Moro.
E agora com o inevitável desaparecimento da usina do Golpe, o Cunha.
(Por falar nisso, faltou o Ataulpho no café da manhã na casa oficial do Cunha, com o Ministro Gilmar e o Pauzinho do Dantas para tratar do impítim da Presidenta. Ele talvez tivesse inúteis sugestões a dar.)
A biruta passou a apontar freneticamente para todos os lados, coitada !
Por exemplo, numa mesma colona (no ABC do C Af), nesse sábado 18/VII, já sem Cunha, o Ataulpho prevê:
- que só a Democracia Direta, extraída das manifestações contra a Dilma, a derrubará !
- que a Dilma, atolada no “mar de lama”, vai renunciar !
Nisso nem os patrões dele acreditam !
Que a Dilma renuncie !
Em tempo: o ansioso blogueiro apoia com entusiasmo a candidatura de Rubem Fonseca a uma cadeira na Academia Brasileira das Letras, para se sentar ao lado do Ataulpho. Breve, o livro “O Quarto Poder – uma outra história”, descreverá algumas atividades golpistas de Fonseca, como redator da Light do Dr Gallotti e, no IPES, ghost-writer do Golbery, o “Feiticeiro”, segundo o dos chapéus (também no ABC do C Af).
Será o homem certo na cadeira certa.
Ataulpho, Rubem, dos chapéus … tudo a mesma sopa, diria o Mino, estudioso do caráter de “jornalistas” brasileiros.
Paulo Henrique Amorim