Bolsonaro ao Ratinho: "vão morrer alguns, sim, mas não podemos deixar esse clima todo aí"
(Reprodução/SBT)
Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista de quase meia hora ao Programa do Ratinho, do SBT, na noite de sexta-feira 20/III. Como destaca a revista Veja, "os dois adotaram um tom de conversa entre amigos estimulado pelo apresentador, conhecido apoiador do presidente".
No bate-papo, Bolsonaro voltou a falar em "histeria". “Não adianta eu falar ‘fiquem calmos’, ou ‘esperem uma guerra’. Primeiro porque eu estou me violentando. Eu não quero histeria porque isso atrapalha”, disse. “Tem certos chefes de estado por aí, até prefeitos, já falando em decretar interdição de aeroporto, fechando shoppings… É inadmissível isso”, disse, alfinetando os governos de São Paulo e Rio, comandado por seus adversários.
Quando questionado sobre a briga com os governadores João Doria, de São Paulo, e Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, Bolsonaro respondeu que o tucano se elegeu usando o nome dele e Witzel “colou” em seu filho durante a campanha eleitoral. Ele afirmou que ambos viraram seus “inimigos” por estarem de olho na Presidência. “Uma dica pra quem quer ser reeleito: não fique obcecado esperando eleição.” Segundo ele, não é “atacando os outros” que se consegue votos.
Ainda sobre o novo coronavírus, Bolsonaro disse: “vão morrer alguns. Sim, vão morrer (…) Mas não podemos deixar esse clima todo que está aí. Prejudica a economia”, reclamou. “A chuva está vindo aí, você vai se molhar, agora se você botar uma capinha aqui, tudo bem, passa, agora se você entrar em parafuso, você vai morrer afogado embaixo da chuva.”
Em tempo: para Bolsonaro, basta colocar uma "capinha" para sobreviver a essa chuva:
O mundo tomando sérias restrições para conter a pandemia, e o Bolsonaro defendendo aglomeração em culto. Isso é criminoso! pic.twitter.com/cux49hwMlx
— David Miranda (@davidmirandario) March 21, 2020
Com informações da Veja