Estudo aponta: Bolsonaro ataca imprensa mais do que governa
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Estudo divulgado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) mostra que a imprensa profissional foi alvo de uma média de aproximadamente 11 mil ataques diários nas redes sociais em 2019.
O relatório aponta também que o presidente Jair Bolsonaro não passou um dia sequer do ano passado sem criticar a imprensa em suas redes sociais. Das 5.708 publicações feitas por ele, 432 trouxeram "críticas, insinuações e advertências sobre o trabalho dos veículos e jornalistas". Esses conteúdos geraram 51,7 milhões de interações.
"Essa posição do presidente, como líder da infantaria, deixou à vontade outros integrantes do governo, que seguiram em 2019 o mesmo caminho, como o ministro da Educação Abraham Weintraub. No campo dos influenciadores digitais ligados ao presidente, o grupo de 15 nomes, incluindo o empresário Luciano Hang, acionista das Lojas Havan, produziu 3.822 posts em suas redes sociais com críticas à imprensa, com 14 milhões de interações em 2019", descreve o relatório.
A análise cita ainda que esses apoiadores do presidente também expuseram jornalistas com o compartilhamento dos números de telefones e propuseram boicote e cancelamento de assinaturas de veículos de comunicação.