FHC lembra da relação com a imprensa: ligava para dono de jornal
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) admitiu que já ligou para dono de jornal para reclamar de matérias que denunciavam os seus governos (1995-2002).
"Inventaram uma coisa chamada Dossiê Cayman, que era uma roubalheira que teria eu, três ou quatro ministros, um dinheirão que nós tínhamos nas ilhas Cayman. Levaram anos, meses. Até que um dia eu liguei para um dono de jornal que era meu amigo e disse eu não aguento mais, isso é mentira, não tem nada", disse o ex-presidente em entrevista à BBC.
O ex-presidente, informou a Folha de S.Paulo, determinou em 1998 ao então diretor da Polícia Federal, Vicente Chelotti, não incluir um documento em um inquérito sobre o que era conhecido como dossiê Cayman.
Chelotti obedeceu e virou alvo de um processo disciplinar instaurado pela Corregedoria Geral da PF.
FHC reafirmou à PF sua atitude num depoimento formal em 26 de janeiro deste ano. Na ocasião, foi indagado sobre a razão de ter pedido a Chelotti que não divulgasse o documento. O tucano disse "que sua determinação foi em razão de que os termos daquele papel poderiam induzir a equívocos que causariam problemas políticos e econômicos ao país".
Na noite de domingo (10/V), o jornalista Xico Sá foi ao Twitter lembrar alguns episódios do governo FHC, como a suposta compra de votos para a emenda da reeleição.
FHC comprou o segundo mandato, com moral da imprensa brasileira, a mídia so bota pra fuder mesmo pra cima de lula
— xico sá (@xicosa) May 11, 2020
a mídia sudestina jamais admitirá q fhc comprou a sequencia do mandato dele, jamais, mas eu sei q comprou e tenho provas
— xico sá (@xicosa) May 11, 2020
FHC teve q comprar a sequência do mandato por patacas ridículas a Ronivon Santiago, talvez o maior escândalo iluminista de todos os tempos, e a mídia brasileira moderninha esconde essa coisa até hoje. Onde anda a compra da reeleição de FHC nessa merda toda? FHC comprou a história
— xico sá (@xicosa) May 11, 2020