Haddad e Bolsonaro se submetem ao jornal nacional
Reprodução: Rede Globo
O jornal nacional entrevistou, pela ordem sorteada, Haddad e Bolsonaro em que, para variar, o William Bonner fez pergunta mais longa que as respostas.
De forma não literal, veja o que eles disseram:
Fernando Haddad:
- É uma grande satisfação estar no segundo turno!
- Vamos poder confrontar dois projetos apenas. Vai ficar mais clara a natureza de cada projeto.
- Estamos do lado da social-democracia, do Estado de Bem-Estar Social, da Constituição de 1988.
- Com apenas 20 dias de campanha, atingi 29% dos votos.
- Nosso projeto quer abrir oportunidades de emprego e educação. Carteira de trabalho numa mão, livro em outra. Desenvolvimento com inclusão social.
- Desenvolvimento para poucos não é desenvolvimento.
Assembleia Constituinte:
- Revimos nosso posicionamento. Vamos fazer reformas via emenda constitucional: reforma tributária, reforma bancária e fim do congelamento de gastos.
- No Brasil, quem sustenta o Estado é o pobre! Os muito ricos não pagam absolutamente nada!
- Isenção de IR para quem ganha até 5 salários mínimos.
- É preciso acabar com a concentração dos bancos - atrapalha a vida do empresário e do consumidor.
- Com os juros baixos, as empresas vão voltar a investir e contratar.
- Essas duas medidas são essenciais para retomar o crescimento.
Sobre a fala do ex-ministro José Dirceu sobre a tomada do poder:
- O ex-ministro não participa da minha campanha nem participará do meu governo.
- Discordo da frase.
- Para mim, Democracia sempre em primeiro lugar!
- O futuro da Democracia, dos seus direitos, está em jogo.
Jair Bolsonaro:
- Meu muito obrigado aos quase 50 milhões de pessoas que acreditaram e mim.
- Nossa bandeira se baseia em João 8-32: “e conhecerei a verdade, e a verdade vos libertará”.
- Obrigado às lideranças evangélicas, ao homem do campo, aos homens das forças armadas, à família brasileira.
- Agradeço ao Nordeste!
- Não pretendemos acabar com o Bolsa Família! Devemos combater as fraudes.
- Não pretendemos aumentar a cobrança do IR.
- Não pretendemos recriar a CPMF.
- Queremos um Brasil aberto a negócios com o mundo todo.
- Jogar pesado com a questão da segurança pública. As mulheres precisam se sentir seguras em todo o Brasil.
Sobre a Constituição elaborada por um “conselho de notáveis” e o “auto-golpe”, citados por seu candidato a vice, o Gal. Mourão:
- O General Augusto Mourão... Digo, Hamilton Mourão…
- Ele é General, eu sou Capitão, mas eu sou o presidente.
- Desautorizei ele nesses dois momentos!
- Não entendi o que ele quis dizer com auto-golpe.
- Se disputamos a eleição, é porque acreditamos em eleição.
- Ele sabe muito bem as responsabilidades que tem como vice.
- Precisamos de um governo com autoridade, mas sem autoritarismo. Por isso nos submetemos ao sufrágio.
- Falta ao General o tato político.
- Agradeço sua participação, mas ele foi infeliz. Deu duas caneladas.
- Seremos escravos de nossa Constituição. Mas podemos propor emendas, como redução da maioridade penal.
- Vamos pacificar e unir o povo brasileiro, sob a bandeira, sob o hino nacional.
- Nosso ministério será formado por notáveis, competentes.
Em tempo: interessante os entrevistadores da Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção) se fixarem no tema da Constituição. Como se a Globo e seus colonistas não a tivessem estuprado no Golpe de 2016... - PHA