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Imprensa, enfim, reconhece: Bolsonaro é a crise

Paulo Guedes por enquanto é poupado. Por enquanto...
publicado 10/03/2020
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Jornais dedicam editoriais ao presidente. (Imagem: reprodução)

Os três principais jornais da imprensa brasilera, Folha, Globo e Estadão, dedicam os seus editoriais, nesta terça-feira (10/III), à crise econômica e à incompetência de Jair Bolsonaro em lidar com ela.

Para a Folha, "é imprescindível que o Executivo coordene-se com os outros Poderes, em especial com o Legislativo, em torno das medidas emergenciais e estruturais a serem tomadas. A atual algaravia, em que o ministro Paulo Guedes (Economia) se aproveita da crise e empurra os custos para o Congresso, não vai levar a nada construtivo. O presidente da República, que age como se não fizesse ideia do que ocorre no mundo, também colaboraria se deixasse de semear discórdias e insuflar as suas falanges. Já que a incompetência do Planalto parece insanável, que ao menos haja esforço pelo entendimento."

O Globo segue à risca a tática de criticar Bolsonaro e poupar Paulo Guedes: "Em vez de se dedicar à luta política, o presidente precisa agir de forma coordenada com os demais poderes, no acertado entendimento de Maia (...). É grande a pressão sobre qualquer governo no aprofundamento de uma crise com essas proporções. Momento de Bolsonaro passar a governar de fato."

Por fim, o Estadão que, ao menos, responsabiliza Bolsonaro e Guedes: "Enquanto o pânico varria os mercados, com as bolsas desabando, o preço do petróleo despencando e o dólar disparando em todo o mundo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, insistia, ontem de manhã, em ostentar tranquilidade e quase indiferença em relação aos desafios econômicos associados ao coronavírus. Reformas estruturantes são a melhor resposta à crise, disse o ministro, como se os estragos – já iniciados ou já captados no radar – fossem adiáveis até a aprovação e sanção de projetos ainda nem mandados ao Congresso. Enquanto essas declarações eram difundidas, circuit breakers eram acionados em bolsas, no Brasil e no exterior, para interromper os negócios e deter, por algum tempo, o tombo das cotações."