"Isenção" da Globo não vale nada!
DCM: Lula só sai da cadeia com aval dos Marinho
publicado
11/07/2018
Comments
Me engana que eu gosto! (Reprodução: Tomás Arthuzzi/GrupoGlobo.Globo.com)
A respeito da nova "política de redes sociais" da Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção), o Conversa Afiada compartilha texto de Kiko Nogueira no Diário do Centro do Mundo:
Em 7 linhas, Sardenberg expôs a farsa das normas da Globo para uso das redes por seus jornalistas
Nenhum brasileiro acima de 12 anos e alfabetizado achou que as tais novas diretrizes da Globo para o uso de redes sociais deveriam ser levadas a sério.
“Jornalistas devem se abster de expressar opiniões políticas”, diz o documento.
Isso serve para os Chicos Pinheiros e outros poucos que desafiam — timidamente, eventualmente no WhatsApp, numa mensagem vazada — o pensamento único da casa (até ser demitidos).
Não existe nas redes e muito menos na vida real.
Numa carta a seus empregados, chamados de “companheiros”, João Roberto Marinho, um dos donos, insiste no termo “isenção”.
Vinte minutos da face constipada de Gerson Camarotti no domingo, dia 8, narrando a reação guerreira de Sergio Moro para manter Lula na cadeia, são uma lição de manipulação, partidarismo e parcialidade.
Camarotti comandou o show, chutando a esmo o Direito, repetindo que o desembargador Rogério Favreto era “petista”, lamentando que a coisa já estava resolvida no tribunal das galáxias e, poxa, assim não dá.
Camarotti não é advogado, mas quem precisa disso?
Como lembrou Gilmar Mendes, a GloboNews é a Terceira Turma do STF. Instigava Moro a agir, cobrava o “companheiro” Thompson Flores, colocava “especialistas” — todos do mesmo lado, evidentemente — para detonar Favreto.
Rogério Favreto bagunçou um dia que deveria ser dedicado à cobertura do resgate dos meninos na Tailândia, quando os paus mandados podem mostrar uma face “humana”, quem sabe dar aquela choradinha.
O jurista Lenio Streck falou dos “ministros” da GloboNews, que “fazem o imaginário” nacional.
“Tem um problema difícil? Consulta o Camarotti, ele sabe tudo, é o grande jurista que não estudou Direito”, afirma Lenio.
Nas redes sociais, o veterano Carlos Alberto Sardenberg não se aguentou e mostrou no Twitter a verdade sobre as normas da Globo.
“No mínimo, o desembargador Favreto deveria ter se declarado impedido de tomar decisão a respeito de Lula, por ter sido funcionário e seguidor do ex-presidente”, escreveu.
“Assim como Toffoli é suspeito para julgar os chefes petistas, aos quais deve a carreira. Mas estão lá para isso mesmo”.
Grande Sardenberg!
Em sete linhas, desmascarou a farsa divulgada por seu patrão com a solenidade de uma autoridade da República.
“Jornalistas não devem nunca se pôr como parte do debate político e ideológico, muito menos com o intuito de contribuir para a vitória ou a derrota de uma tese, uma medida que divida opiniões, um objetivo em disputa”, reza a cartilha.
Esqueça Moro e Thompson Flores: com gente como Camarotti e Sardenberg, foi a Globo que colocou as coisas em seus devidos lugares.
Lula não sai da prisão sem o OK do companheiro Marinho e seus bozós.
Reprodução: Twitter/Carlos A. Sardenberg