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jn: 58 mortos na Palestina, um minuto. Tite, 11!

Tite é empregado da Globo
publicado 15/05/2018
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Em direção ao menino Jesus na manjedoura (Reprodução: Rede Globo)

O jornal nacional dessa segunda-feira 14 de maio dedicou um minuto e onze segundos à morte de 58 palestinos num protesto contra a instalação da embaixada americana em Jerusalém.

A noticia sobre a convocação da seleção teve três minutos e dois segundos, quando o "repórter" sentou na cadeira em que havia, pouco antes, sentado o técnico da seleção.

Porque a Globo escala a seleção, na verdade.

O momento sublime foi a entrevista ao vivo com o próprio Tite: durou onze minutos e oito segundos.

Que se concluiu com o gesto súcubo da apresentadora (sic) Renata Vasconcelos que se dirigiu às mãos de Tite como se fossem as do Menino Jesus na manjedoura.

Tite é um especialista em platitudes.

A única revelação que fez foi que Cássio (do Corinthians) é o segundo goleiro e não o Ederson do Manchester City (Alisson é o primeiro).

Ederson trabalha com o Guardiola.

Tite disse que foi entrevistar Guardiola para estudar.

Deveria aprender com o Guardiola (além de escalar o Ederson como primeiro goleiro).

Nas entrevistas depois dos jogos, Guardiola não fala nada sobre seu time.

Limita-se a elogiar seus jogadores, os jogadores do próximo adversário, assim como o técnico adversário.

E assim fez 100 pontos num campeonato de 38 jogos.

Tite fala e não diz nada.

Isso não tem a menor importância.

(Sobre a convocação, veja o que disse o sábio Paulo Cezar Caju, abaixo, no Globo Overseas, empresa que tem sede na Holanda e, segundo o New York Times, vai morrer gorda.)

O importante é que o técnico da seleção nacional do esporte mais querido de um povo seja propriedade de uma empresa privada (e corrupta, segundo os critérios da FIFA) de televisão.

A seleção é da Globo.

Tite é empregado da Globo.

Em nenhuma suposta Democracia uma empresa privada de televisão reuniria tanto poder (econômico) quanto a Globo detém, no Brasil.

Note-se que a Globo está deficitária.

Só lucra nas atividades de usura: nos juros - cuja taxa é a quarta mais alta do mundo.

No negócio "televisão", vender publicidade em conteúdo esportivo e de divertimento, ela perde dinheiro.

E, nessa gaveta, o único negócio rentável é o Esporte.

É a exclusividade em eventos comprados com suborno.

E a seleção é o que paga as contas da Globo.

As notícias de "Esporte" na Globo não passam de merchandising para os eventos da casa...

E quando se lembra que o Lula e a Dilma botaram mais dinheiro na Globo do que qualquer outro governante...

Em tempo: o Cássio jamais jogaria no Manchester City. Ele não sabe devolver a bola ao jogo, característica indispensável a goleiros do Guardiola.

E leia a magnífica reflexão do genial Paulo Cezar Caju:

Consistência zero

Essa seleção e a do 10 x 1 são as piores da nossa história em Copas

A “consistência de carreira” foi o critério adotado pelo “professor” Tite para a convocação dos jogadores. Antes escolhia-se pelo futebol... Mas Tite vive buscando esses termos em seu dicionário “Chatês”. É uma tentativa de dar peso a um grupo sem carisma, sem sal e zero de identificação com grande parte do torcedor. Mas fazer o quê? É a globalização, nesse caso, como tem bola no meio, é a globolização... Antes a base da seleção era o Bоtafogo, o Santos, o Cruzeiro. Hoje é o Manchester City, o Shakhtar Donestk. Do Brasil, Cássio e Fágner, claro do Corinthians, para agradar à massa. E entre o craque Luan e Geromel, mais um zagueiro comum, é óbvio que ele optou por um defensor. Sem saudosismo, essa seleção e a do 10 x 1 são as piores da nossa história em Copas. Qualquer uma das outras, mesmo as que não levaram o caneco, deixariam esses convocados na roda.“Mas, Caju, você não gosta de ninguém?”. Já disse mil vezes e repito: Marcelo, Philippe Coutinho, Neymar e William são craques!

Mas o conjunto da obra é ruim, bem ruim. E, se é o que temos para hoje, que repensem o nosso futebol e não venham com essa balela de “consistência de carreira”.

Em tempo: a cobertura do levante palestino foi feita pelo correspondente da Globo em... Washington. O Ali Kamel podia disfarçar... - PHA