Jornal Nacional desmonta narrativa de Bolsonaro
A versão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sobre suas falas na reunião ministerial de 22 de abril, foram colocadas em xeque por reportagem da Rede Globo na noite da última sexta-feira (15/V).
Matéria do Jornal Nacional mostra que Bolsonaro , 28 dias antes da reunião, promoveu o responsável pela segurança, em vez de demiti-lo. O presidente ainda levou, para o lugar dele, o número dois da diretoria.
A ação contesta o que Bolsonaro disse até agora. De acordo com o presidente, as queixas que fez, até ameaçando ministro de demissão, se referiam à segurança dele próprio, da família e de amigos no Rio de Janeiro e à tentativa frustrada de substituir pessoas do setor.
No Rio de Janeiro, a troca já havia sido feita na chefia do escritório do GSI dois meses antes da reunião ministerial.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) é o órgão responsável pela segurança do presidente.
Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro Sergio Moro acusa o presidente de tentar interferir no comando da PF. Bolsonaro rebateu e, desde então, busca uma outra versão para o fato.
Na manhã de sexta, após afirmar que na gravação do vídeo da reunião ministerial não apareciam as palavras “Polícia Federal”, “investigação” e “superintendência”, o presidente recuou e admitiu que disse, sim, a sigla PF.
"Está a palavra PF. Duas letras PF. Tem a ver com a Polícia Federal, mas tem a ver com PF no tocante ao serviço de inteligência", afirmou em uma fala confusa.
Na próxima segunda-feira (18/V), o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator do inquérito, decide se divulga o vídeo da reunião na íntegra ou apenas trechos.
Assista aqui a matéria do JN.