Carlos Lacerda conhecia o Roberto Marinho

Como se sabe, os artigos da Constituição de 1988 que tratam da Comunicação e do monopólio da Globo não foram até hoje regulamentados, apesar dos heroicos esforços do professor Fábio Konder Comparato.

A lei que trata da radiodifusão no Brasil é de 1962, sancionada sem 52 vetos do grande presidente João Goulart.

O livro "O Quarto Poder", com a ajuda do professor Venicio Lima,  descreve os vetos de Jango.

Foram todos derrubados pela bancada eletrônica, sob o comando de João Calmon, empregado de Assis Chateaubriand.

"O Quarto Poder" descreve também o papel de Lacerda na CPI do Time-Life, que comprovou a sociedade - ilegal - de Roberto Marinho com o grupo americano.

"O Quarto Poder" mostra como o Governo Costa e Silva e o cidadão brasileiro pagaram, de seu bolso, para Roberto Marinho levantar dinheiro e tirar os americanos da sociedade.

Na segunda edição do "Quarto Poder", o autor incluirá impressionante depoimento de Saturnino Braga.

Ele, jovem deputado socialista, foi o presidente dessa CPI.

E por isso pagou um preço altíssimo: a Globo o perseguiu a vida inteira.

Saturnino desconfia - e com muitas razões - que Roberto Marinho mandou Sarney e Mailson da Nóbrega decretarem a falência da cidade do Rio de Janeiro, de que Saturnino era prefeito.

Paulo Henrique Amorim