Na Globo é assim: só ela fala!
Amigos navegantes ficaram indignados com o comportamento arrogante e violento do William Bonner na entrevista que concedeu ao candidato Ciro Gomes, ontem, 27/VIII, no jornal nacional do Gilberto Freire com "i".
O Conversa Afiada anotou que a dupla Bonner/Kamel tomou a palavra por nada menos que 8'14".
À Renata Vasconcelos, que deveria ser poupada de tanta humilhação, couberam 3'16".
E Ciro Gomes, 16'22", ele que é candidato a Presidente da República na Democrassia da Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção).
Portanto, aquele que pode governar a República Federativa da Cloaca tem direito a pouco mais do que os que o fuzilam: 16'22 vs 11'30"!
O que se explica por dois fatos extravagantes:
Bonner/Kamel não sabe formular perguntas, uma vez que nunca foi repórter.
O primeiro é um radialista bonitão, de voz grossa.
Não sabe cobrir batida de trânsito.
E o outro, uma cruza de antropólogo com antropometrista e sociólologo-cum-astrólogo!
Esse fez carreira na imprenssa excrita, no Globo e, como seu antecessor - menos poderoso, Evandro Carlos Andrade - não sabe, até hoje, como se faz televisão.
Os dois (os três) desbarataram o legado de Armando Nogueira e Alice Maria.
Por isso, fazem perguntas como se estivessem numa tertúlia para publicar em jornal, no dia seguinte.
Depois, tem o problema da intimidação, do cerco político.
Não deixar o adversário abrir a boca, para não permitir que ele vença a batalha.
É ganhar por W. O.
A Míriam Lúcia, a mais poderosa do mundo, esse fenômeno planetário também é assim: só ela pode falar.
A Globo construiu esse Império fora da lei porque a televisão é um veículo de mão única.
A vítima não tem como reagir.
Por isso ela está nas últimas e vai morrer gorda: porque inventaram uma geringonça, a internet, em que a vítima reage, escoiceia...
O Bonner/Kamel já fez pior.
Na entrevista com a Dilma Rousseff, no segundo turno de 2014, ele só faltou esmurrar a Dilma.
Ele falou 10'14".
A Fátima, 1'32".
Ela chegou a interrompê-lo - "William!"-, quando um dos ataques verbais se tornou uma agressão quase física!
E a pobre Dilma pode abrir a boca por míseros 13'34".
A Globo convoca o candidato para apanhar: fala 12 minutos e a vítima, 13!
E os partidos brasileiros, ainda, assim, súcubos, como diria o Mino Carta, se submetem a fazer o último debate na Globo, na antevéspera da eleição, quando não há mais tempo, no horário eleitoral, para reagir às patranhas da edição do debate na Globo!
Agora, amigo navegante, pensando bem.
Bem feito!
A Dilma, o Ciro, o Lula, o Haddad, todos eles merecem ser tratados como empregados na Globo e da Globo.
Porque não avisam no horário eleitoral, como fazia o Brizola: quando eu sentar naquela cadeira a primeira coisa que farei será questionar aquele monopólio.
Virem-se!
PHA