Publicidade do jn desaba!
Os três filhos de Roberto Marinho seguem no ranking da Forbes como os maiores ricaços do Brasil e do planeta, mas o modelo de negócios do império global parece que faz água por todos os poros. O produto mais lucrativo da corporação, a TV Globo, segue perdendo a audiência, o que afugenta os anunciantes privados num cenário de recessão econômica. Até o “Jornal Nacional”, que no passado era assistido por mais de 60% dos telespectadores, está em crise, como atesta reportagem de Ricardo Feltrin, postada nesta terça-feira (25) no UOL. Vale conferir alguns trechos:
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Cai nº de anúncios no "JN"; Globo diz que causa é eleição
Ricardo Feltrin
Levantamento feito pela coluna entre os últimos dias 10 e 19 mostra que o volume de anúncios no "Jornal Nacional" caiu este mês. O produto "JN" é um importante indicador da situação do mercado publicitário, já que é o um dos produtos mais importantes da emissora, líder de ibope há mais de 40 anos... A Globo nega que haja qualquer alteração relevante ocorrendo. A emissora fala em efeitos sazonais causados pelas mudanças de programação devido ao horário eleitoral em alguns Estados.
Na comparação entre as semanas, há evidente queda de anúncios pagos e crescimento de veiculações institucionais ou de produtos da própria Globo, como chamadas para novas novelas, filmes da "Tela Quente", informes sobre a migração para a TV Digital ou boletins e ações da Fundação Roberto Marinho.
A Globo praticamente manteve todas as edições do "Jornal Nacional" com os históricos cinco breaks comerciais. Mas, em pelo menos dois dias, quatro desses cinco intervalos não tiveram comercial nenhum: apenas chamadas internas ou de produtos próprios.
Segundo esta coluna informou com exclusividade na semana passada, especialistas em mercado publicitário apostam que 2016 não será um bom ano para as TVs abertas, a despeito de ter sido um ano com Jogos Olímpicos no Rio.
Esses especialistas acreditam que a maioria das TVs abertas deve ter queda na arrecadação de anúncios em até 10% este ano.
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A crescente queda de audiência do JN talvez ajude a explicar porque a oportunista famiglia Marinho apostou todas as suas fichas no “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma. Além das razões políticas – do seu compromisso com a agenda destrutiva e regressiva do neoliberalismo –, o império também teve motivações mercenárias. Apesar do discurso favorável ao ‘Estado mínimo’ e ao enxugamento dos gastos públicos, a Rede Globo sempre mamou nas tetas do Estado. Patrimonialista e fisiológica, ela sempre dependeu da grana pública. Ela conta agora com o covil golpista para tentar compensar a perda crescente dos anunciantes privados. O Judas Michel Temer é o salvador!