PIG

Você está aqui: Página Inicial / PIG / Roberto Irineu Marinho, faça uma mala maior

Roberto Irineu Marinho, faça uma mala maior

Julgamento de Marín leva Procurador de NY à Holanda
publicado 23/12/2017
Comments
bessinha (1).jpg

A inevitável condenação (em Nova York !) do Marín, aquele que a Globo Overseas subornou com a ajuda do Marcelo Campos Pinto deu uma pista daquilo em que miram os procuradores de Nova York (que não vazam nada... ): a Globo!

Assim como quem não quer nada, um Procurador (americano) perguntou ao delator Burzaco: como é que a Globo opera na Holanda?

O Azenha já explicou na TV Afiada como a Globo opera (suborna) na Holanda.

Assim como é inevitável o Marin morrer na cadeia - breve, será esse o mesmo destino do Ricardo Teixeira e del Nero, também pela Globo subornados -, um dos filhos do Roberto Marinho precisará fazer uma mala maior, como explica o Jamil Chade, do Estadão:

'Faça uma mala maior', disse agente ao cartola


Quando José Maria Marin foi surpreendido pela polícia em seu luxuoso quarto de hotel, em Zurique, na Suíça, no dia 27 de maio de 2015, recebeu uma recomendação dos agentes que o levaram: a mala que estava preparando era pequena demais. “Faça uma mala maior. Existe o risco de que isso não termine muito cedo”, disse um deles.

Eles sabiam do que falavam. Eram 6h10 da manhã daquela primavera europeia. Não houve chute na porta ou algemas. No luxuoso hotel Baur au Lac de Zurique, uma operação da polícia suíça daria início a uma revolução no futebol, com a prisão de alguns dos mais poderosos dirigentes do esporte em cooperação com o FBI.

Dois anos e meio depois, 41 cartolas foram indiciados e mais de uma dezena de federações viram seus presidentes serem presos por corrupção. No total, a Justiça americana já aplicou mais de US$ 190 milhões em multas. A Fifa, bilionária, foi obrigada a se refundar para não desaparecer e gastou US$ 60 milhões apenas com advogados.

Mas, se Marin foi considerado culpado, o julgamento e acordos de delação premiada mostraram de forma inédita as “entranhas do futebol brasileiro”, com revelações sobre como sede de Copas foram compradas, como jogos foram arranjados e como um sistema criminoso penetrou no futebol.

Para investigadores envolvidos no caso, a decisão anunciada nesta sexta-feira debilita Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, que tinham conseguido evitar uma prisão. Em ambos os casos citados diante do tribunal, a interpretação é de que eles também foram em parte julgados em suas ausências e que, para a Justiça brasileira, ficará cada vez mais difícil justificar a inexistência de um processo.

Nesta semana, enquanto aguardava a deliberação do júri, Marin foi visto por pessoas que acompanhavam o processo comendo banana na cafeteria do tribunal, sem cerimônias. Ao longo dos últimos dois anos, ele foi obrigado a buscar mais de R$ 60 milhões em garantias de crédito para sua fiança, para pagar por sua segurança e por um pequeno batalhão de advogados na Suíça, Estados Unidos e Brasil.

Para investigadores que conversaram com o Estado, Marin era apenas o elo mais fraco do esquema na CBF. Seu julgamento, segundo esses investigadores, serviu ainda assim como uma grande vitrine para o que de fato é o futebol no Brasil: um assunto pessoal de alguns dirigentes.

Marco Polo Del Nero, depois de manobrar o estatuto da CBF, continuou a mandar na entidade. Mas, foi afastado pela Fifa na semana passada, depois que gravações, evidências e testemunhas o terem apontado como receptor de US$ 6,5 milhões em propinas. Ainda que seus advogados garantam que ele vai se defender, na Fifa não existe qualquer pré-disposição a aceitar uma volta sua ao futebol.

Ricardo Teixeira, apontado como um dos artífices do esquema de corrupção em denúncias de outros cartolas presos, continua solto. Mas foram as investigações nos EUA que levaram a Espanha a abrir um processo que culminou na prisão de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, e emitir uma ordem internacional de prisão contra o brasileiro. Foi também o processo que levou Monaco e a França a descobrir depósitos em seu nome, enquanto o cerco também se fecha na Suíça.

Em tempo: não deixe de ler "Marín em cana, só falta a Globo" - PHA