"Terrorismo made in Globo": demissões assustam a emissora
Clima de terror acontece por demissões após férias e plantões
publicado
17/11/2015
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Saiu no site Notícias da TV, de Daniel Castro:
Globo tem clima de terror com demissões após férias e plantões
Uma das empresas mais estáveis para se trabalhar, a Globo está passando por uma fase atípica. Um clima de terror se instalou nos bastidores do jornalismo da emissora nas últimas semanas, consequência de uma série de demissões após plantões e férias. Na última sexta-feira (13), a demissão de Sidney Rezende, um dos profissionais mais antigos da GloboNews, onde apresentava telejornais vespertinos, só ampliou a insegurança. Ele tinha contrato até fevereiro.
No jornalismo da Globo, a versão corrente é a de que Rezende foi dispensado do canal de notícias, após duas décadas e meia no grupo (ele foi fundador da rádio CBN, em 1991), por motivos políticos.
Rezende escreveu no Facebook e em seu site, na véspera da demissão, o texto "Chega de notícias ruins", em que aponta "cinismo no jornalismo" e uma "má vontade dos colegas que se especializaram em economia e política", que têm "obsessão em ver no governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência".
Embora em seu site Rezende também publique notas positivas sobre Os Dez Mandamentos e A Fazenda, carros-chefes da programação da Record, na Globo não há dúvidas que o "desabafo" político teria sido crucial para a demissão do jornalista. "Agora está todo mundo com medo de se manifestar politicamente", diz um experiente repórter da Globo. "A piada interna é de que isso é o terrorismo made in Globo".
A Globo nega que haja qualquer relação entre a demissão de Rezende e o texto crítico da mídia. A direção de jornalismo da emissora diz que só tomou conhecimento do texto após a publicação de seu teor pelo blog do jornalista Maurício Stycer, do UOL, no último final de semana.
A demissão de Rezende também aumentou a tensão na GloboNews. Foi o segundo apresentador afastado em um mês. No começo de outubro, como o Notícias da TV informou em primeira mão, o jornalista Eduardo Grillo, que emprestou sua voz para a primeira narração do canal de notícias, em 1996, foi demitido ao voltar de férias. Ele ancorava o Jornal das Dez, o JN da GloboNews.
Outros dois funcionários importantes foram demitidos após cumprirem plantão, causando comoção na equipe, porque a chefia teria esperado os profissionais terminarem o trabalho do fim de semana para então abrir mão deles. Foram os casos de Fabio Watson, havia quase 30 anos na casa, e de Happy Carvalho, a mais experiente produtora do canal.
Uma fonte na Globo, aguçada observadora dos bastidores da emissora, afirma que os nervos estão à flor da pele porque as pessoas estão percebendo que alguma coisa anormal está acontecendo, mas não se sabe direito se os motivos são políticos, pessoais, ou por cortes de custos ou mudança de filosofia. Falta clareza, resume ela, o que aumenta a sensação de insegurança.
A Globo reafirma que Eduardo Grillo foi dispensado, a pedido, para "cuidar dos negócios da família". E emissor diz desconhecer demissões após plantões.
No jornalismo da Globo, a versão corrente é a de que Rezende foi dispensado do canal de notícias, após duas décadas e meia no grupo (ele foi fundador da rádio CBN, em 1991), por motivos políticos.
Rezende escreveu no Facebook e em seu site, na véspera da demissão, o texto "Chega de notícias ruins", em que aponta "cinismo no jornalismo" e uma "má vontade dos colegas que se especializaram em economia e política", que têm "obsessão em ver no governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência".
Embora em seu site Rezende também publique notas positivas sobre Os Dez Mandamentos e A Fazenda, carros-chefes da programação da Record, na Globo não há dúvidas que o "desabafo" político teria sido crucial para a demissão do jornalista. "Agora está todo mundo com medo de se manifestar politicamente", diz um experiente repórter da Globo. "A piada interna é de que isso é o terrorismo made in Globo".
A Globo nega que haja qualquer relação entre a demissão de Rezende e o texto crítico da mídia. A direção de jornalismo da emissora diz que só tomou conhecimento do texto após a publicação de seu teor pelo blog do jornalista Maurício Stycer, do UOL, no último final de semana.
A demissão de Rezende também aumentou a tensão na GloboNews. Foi o segundo apresentador afastado em um mês. No começo de outubro, como o Notícias da TV informou em primeira mão, o jornalista Eduardo Grillo, que emprestou sua voz para a primeira narração do canal de notícias, em 1996, foi demitido ao voltar de férias. Ele ancorava o Jornal das Dez, o JN da GloboNews.
Outros dois funcionários importantes foram demitidos após cumprirem plantão, causando comoção na equipe, porque a chefia teria esperado os profissionais terminarem o trabalho do fim de semana para então abrir mão deles. Foram os casos de Fabio Watson, havia quase 30 anos na casa, e de Happy Carvalho, a mais experiente produtora do canal.
Uma fonte na Globo, aguçada observadora dos bastidores da emissora, afirma que os nervos estão à flor da pele porque as pessoas estão percebendo que alguma coisa anormal está acontecendo, mas não se sabe direito se os motivos são políticos, pessoais, ou por cortes de custos ou mudança de filosofia. Falta clareza, resume ela, o que aumenta a sensação de insegurança.
A Globo reafirma que Eduardo Grillo foi dispensado, a pedido, para "cuidar dos negócios da família". E emissor diz desconhecer demissões após plantões.