É para matar a fome na porrada?
(Reprodução/RecordTV)
Olá, tudo bem?
Esse podcast é sobre duas maneiras de sobreviver na selva brasileira.
Ou sobre duas maneiras de matar a fome.
São impressionantes as cenas de moradores da região de Osasco, em São Paulo, que se apropriam de latas de óleo de soja que caíram de um caminhão tombado na rodovia Regis Bittencourt, nessa segunda feira, 20/V.
São cenas que se repetem, sempre que um caminhão tomba perto de área em que vivam brasileiros pobres.
Tenho uma amiga que mora numa casa confortável na periferia de uma grande cidade, que se convenceu de que, breve, transeuntes que sentirem o cheiro de comida na cozinha invadirão a sua casa.
Nada que assuste quem acompanha o movimento dos brasileiros moradores de rua a remexer latas de lixo.
Ou tenha visto fotos ou videos de guetos, de zonas de guerra - onde se mata para não morrer de fome.
Não é preciso rememorar as provas de que o Brasil está mergulhado numa depressão econômica, com um desemprego criminoso e uma crescente separação entre a renda dos ricos e dos pobres.
A violência se espalhou, ricos fazem pobres de exercício de tiro ao alvo, sob a proteção de milicianos e de amantes da guerra, que se instalaram no poder e nas instituições que deveriam preservar a Democracia e os direitos humanos.
Odiado aqui e lá fora, o Papa Francisco ousa dizer que todos têm o direito a três "T"s: terra, teto e trabalho!
Mas, o Brasil se tornou uma terra arrasada.
Onde pobres e famintos, desesperados e raivosos, passarão a distribuir a renda com as próprias mãos - à falta de alternativa.
Cada esquina é uma praça de guerra.
O homem se tornou o lobo do homem.
Essa é uma realidade que esmaga o princípio da Ética aristotélica: ser feliz é tentar fazer o bem - e essa é a essência da Política.
É claro que a Política oferece alternativa para realizar o bem, promover uma distribuição de renda mais justa.
É o que ainda podem realizar os estudantes e as mulheres.
Porque, como diz aquele Político (com "p" maiúsculo), o vulcão está em erupção!
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