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jornal nacional menosprezou o Bolsonaro

Podcast: foi a resposta à ameaça de governar nas redes sociais
publicado 11/12/2018
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Olá, tudo bem?

Esse podcast é sobre a resposta da Globo ao Bolsonaro.

Bolsonaro disse, ao ser diplomado, que não precisa mais da Globo.

"Vivenciamos um novo tempo, as eleições de outubro revelaram uma nova prática. O poder popular não precisa mais de intermediação", disse ele, ao pregar a democracia direta, um perigo, como se sabe!

Isso foi no início da tarde de ontem, dez de dezembro.

Foi no vapt-vupt a resposta da Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção).

No início da noite, às 20h30, no jornal nacional, que se tornou órgão do Governo do Príncipe da Privataria e do ladrão presidente, e líder da oposição golpista nos governos trabalhistas, no jornal nacional a resposta veio como um murro com luva de pelica.

Ou uma cusparada com sabor menta!

Os filhos do Roberto Marinho desistiram de aderir.

Eles não chegam a ser uns jênios, mas perceberam, com a ajuda do Gilberto Freire com "i" , o recado no discurso do diplomado.

E reagiram.

O jn tratou o Bolsonaro como uma não-noticia, lá para o fim do jornal, quando o pessoal da terceira idade está à espera da novela.

A paginação dos assuntos, ou seja, sua sequência – o mais importante é o que vem primeiro, diz o manual canônico - e a duração das matérias são, na forma, o que o conteúdo ainda vai formular: Bolsonaro, dane-se!

Não é preciso ser um Boni para entender.

Basta reproduzir a sequência dos assuntos:

Às 20:30 começa o jornal nacional com as manchetes que citam, entre outros temas, a diplomação.

Aí vem os seguintes assuntos, nesta ordem: 

O médium João de Deus e o Bial.

PCC  dá ordens para matar.

Pai de Marielle recebe a medalha Tiradentes.

Conselho Nacional do Ministério Público lança clipe sobre direitos humanos.

Matéria sobre os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Grávida dá à luz sozinha na entrada de maternidade municipal no Rio.

Governo do Ceará afasta todos os policiais envolvidos na morte de reféns de um assalto a banco.

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Intervalo comercial (que já foi muito mais gordo)

Ajuda do governo alemão para reconstruir o Museu Nacional.

Previsão do tempo (sempre errada).

Teresa May e o adiamento da votação no parlamento inglês.

Presidente da Nissan é indiciado pelo governo japonês.

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Outro intervalo comercial (que já foi muito mais gordo)

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A seguir o bloco da Política (onde, normalmente, entram o Esporte com a selecinha do Galvão e o Brasileirinho do Galvão):

Intervenção em Roraima - 1:50

Prefeito de Niterói preso - 2:00

Balanço da relatoria da Lava-Jato feito por Fachin com repórter ignorado: 2:50

COAF (que descobriu o motorista do bolsomínimo) - 3:53

CNJ não pune Moro- 0:55

E agora...

TSE diploma Bolsonaro - 10:22

Fala de Bolsonaro - 4:09

Fala de Rosa Weber, presidente do TSE, que, por si só, é outro murro no estômago já frágil do recém-diplomado - 3:10

O meio é a mensagem.

Já disse um publicitário famoso.

A Globo está em fase terminal.

Ela não tem como resistir ao avanço da tecnologia e à concorrência internacional.

Mesmo que o eleito tivesse sido o Santo do Alckmin, ou o Meirelles, a Bláblárina, o Amoedo (e, quem sabe, até o Haddad? ), mesmo assim, a verba da publicidade federal, o Banco do Brasil, o amarelo que ilumina as manhãs da Globo, mesmo assim, o Bolsonaro não salvaria a Globo.

Um governo cúmplice apenas adiaria o amargo fim.

A Globo vai morrer gorda.

Se o Bolsonaro não precisa dela e vai para as redes sociais onde se elegeu, surgem duas questões:

- a Globo tem bala para chegar ao fim do Bolsonaro sem o Bolsonaro?

- as redes sociais e a democracia direta do Bolsonaro seguram o Bolsonaro, se a Globo for para a oposição?

Mas, e a Globo sabe fazer oposição?

Pergunta à Dilma, pergunta ao Lula!