O PT vai correr atrás do Ciro?
Olá, tudo bem?
Esse podcast do domingo 20/V é sobre um assunto muito sério: a estratégia eleitoral do PT.
O Conversa Afiada costuma dizer que o PT está trancado na cela de Curitiba... com o Lula.
O PT insiste em que o candidato do partido à Presidência é o Lula.
Como o Lula está preso, e da cadeia só sairá numa solução política - solução política como uma anistia ou um indulto, por exemplo -, alguns petistas recomendam que o partido lance, desde já, um candidato a vice.
Um candidato a vice para ir aos debates, participar de eventos de campanha, mobilizar o partido e manter acesa a chama da candidatura do Lula.
Mas, quem? Que vice?
Haddad não sai de São Paulo.
Jaques Wagner deve ser eleito Senador pela Bahia. Por que arriscar isso?
Gleisi Hoffmann, atual presidente do partido, corre o risco de ir para a cadeia também.
Quem?
Alguém fora do partido?
Quem?
Como já foram no passado o Raymundo Faoro, o José Alencar, que foram vices do Lula?
Mas, Faoro e José Alencar estão mortos.
Essa estratégia pode fazer sentido para, primeiro, os candidatos do PT a Deputado e Senador.
Segundo, para manter o controle político do partido nas mãos de Lula e dos religiosos e petistas - hoje, os dois tipos de confundem - para que os religiosos e petistas tenham acesso ao Lula, e com isso, o Lula mantenha o partido sob seu controle.
O Ciro Gomes sempre achou que o PT ia ter um candidato no primeiro turno.
O partido do Ciro, o PDT de Brizola - é bom não esquecer -, o PDT do presidente Carlos Lupi se esforça neste momento para fechar acordo com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que se livrou do Joaquim Barbosa - que mandou o PSB e o Brasil às favas.
Ciro tem feito movimentos perceptíveis da Esquerda para o Centro.
Tomara que isso não signifique levar o empresário quebrado e, digamos, polêmico Benjamin Steinbruch para a vice-presidência.
É possível que Ciro se fortaleça sem o PT e com o PSB socialista.
E, aí, o PT seria obrigado a correr atrás do Ciro.
Porque não adianta o PT ficar preso na cela de Curitiba.
Porque, como se sabe, há muito tempo o eleitor não tem cabresto.
E na hora de votar ele pode se perguntar: quem tem mais chance de garantir o meu emprego? Quem tem mais chance de garantir faculdade para os meus filhos: quem está preso ou quem está solto?
PHA